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Fui mal no primeiro dia do Enem. Ainda dá tempo de recuperar e ter uma boa nota?

Confira estratégias que podem te ajudar a virar o jogo e garantir uma boa nota no Enem, segundo especialista

10 nov 2023 - 05h00
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Foi mal no primeiro dia do Enem? Não se desespere, ainda há chance de recuperar!
Foi mal no primeiro dia do Enem? Não se desespere, ainda há chance de recuperar!
Foto: Imagem ilustrativa/Freepik

O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode ser um desafio para muitos candidatos, e às vezes, o resultado não é exatamente o que esperávamos. Mas, calma, ainda há esperança! Especialistas são unânimes sobre o segundo dia do exame ser crucial para que a nota possa ser recuperada.

A segunda fase do Enem acontece neste domingo, 12. Nesta etapa, os candidatos precisam responder 45 questões de múltipla-escolha de Matemática e suas Tecnologias e outras 45 perguntas --também de múltipla-escolha-- de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Biologia, Física e Química).

Sandro Vimer Valentini Junior é coordenador pedagógico do Poliedro Curso de Campinas, e explica como é possível virar o jogo e garantir uma boa nota mesmo após um início difícil no Enem. "O número de acertos e erros não reflete necessariamente a nota do aluno na prova”, diz o coordenador.

Isso porque, como ele explica, o Enem utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que considera não apenas o número absoluto de acertos e erros, mas também a dificuldade das questões. Portanto, o resultado do primeiro dia não define sua nota final, que dependerá do desempenho geral.

O Enem é composto por cinco provas, sendo três no primeiro dia (redação, linguagens e ciências humanas) e duas no segundo dia (matemática e ciências da natureza). Se o primeiro dia não foi como esperado, é possível compensar com um bom desempenho nas demais provas, segundo Sandro. 

"É comum que na prova de Linguagens --que acontece no primeiro dia-- as notas não fiquem tão elevadas. Mas, na prova de Matemática, no segundo dia, os candidatos conseguem alcançar de 800 a 900 pontos", pontua o coordenador.

Enem
Enem
Foto: Reprodução/Imagem ilustrativa

A complexidade da TRI

Não é possível determinar se o candidato foi bem ou mal apenas pelas respostas, pois a TRI complica essa análise, segundo o especialista. Diferentemente de alguns processos seletivos que consideram a quantidade bruta de acertos, o Enem usa critérios mais elaborados.

O peso das questões varia de acordo com o desempenho geral dos candidatos, e cada instituição define seus próprios critérios na hora de atribuir pesos específicos para cada prova. "Existem alguns processos seletivos, como a Unifesp aqui em São Paulo, que utiliza a quantidade bruta de acertos do Enem no processo, na composição da nota do aluno”, diz Sandro Vimer Valentini Junior.

“Nesses casos em específico, sim, a nota bruta, o total de acertos e de erros, é um indicador importante. Do contrário, pensando em Sisu, que é onde a gente tem mais uso da nota do Enem, aí a quantidade de acertos bruto acaba não sendo tão decisiva e não é fácil também saber a nota a partir desse parâmetro”, complementa.

Como superar o psicológico abalado?

Aluna escrevendo uma redação dissertativa argumentativa.
Aluna escrevendo uma redação dissertativa argumentativa.
Foto: Foto: Gettyimagens

É normal que o psicológico do candidato fique abalado após um desempenho pior do que o esperado na primeira fase do Enem. Para enfrentar a segunda etapa da prova com mais tranquilidade, é crucial lembrar que o Enem é feito em dois dias, e um desempenho menos satisfatório no primeiro não determina o resultado final.

Descansar, confiar no processo de preparação e trabalhar o lado psicológico são dicas valiosas. "Confia no que aconteceu, no processo que foi feito ao longo do ano de preparação, se tranquiliza no sentido de não estar perdido o jogo, a prova não está perdida, existe esse segundo dia, que é importante também na composição da nota e trabalhar com o psicológico, que é a parte mais difícil", recomenda Sandro.

Apesar do desgaste emocional, é recomendado que o candidato mantenha o ritmo de estudos no intervalo entre a primeira e a segunda prova. Preservar o sábado como um dia de descanso e o domingo de manhã também é essencial, mas estudar até a sexta-feira pode contribuir para a sensação de dever cumprido.

"É importante que o aluno mantenha o ritmo de estudos, se é alguém que faz só a prova do Enem, então a gente está pensando numa tarefa, num processo que se encerra no domingo. Aí a pessoa está mais tranquila, vai estudar nos próximos dias dessa semana para chegar na prova com uma sensação, uma ideia, uma crença de que fez a sua parte", conclui.

Fonte: Redação Terra
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