Escola resgata carta escrita por Einstein a alunos do RS
Documento estava guardado em um cofre há mais de 60 anos e teve a veracidade atestada por peritos
Uma mensagem escrita pelo físico Albert Einstein há mais de 60 anos foi resgatada do cofre de uma escola de Porto Alegre. O documento foi datilografado e assinado pelo físico a pedido do padre jesuíta Gaspar Dutra, que passava temporada de estudos nos Estados Unidos. Com o crescimento do nazismo na Europa, o cientista, que era judeu, se refugiou em território americano, onde veio a morrer em abril de 1955.
Dutra encontrou com Einstein em 1951 e aproveitou a oportunidade para pedir uma mensagem de incentivo para os alunos do colégio Anchieta de Porto Alegre. A mensagem foi datilografada em alemão e assinada por Einstein, e ficou guardada no cofre do colégio. Recentemente uma perita atestou a veracidade do documento, e uma cópia passou a ser exposta no museu do colégio.
“Quem conheceu a alegria da compreensão conquistou um amigo infalível para a vida. O pensar é para o homem, o que é o voar para os pássaros. Não toma como exemplo a galinha quando podes ser uma cotovia.
Para os estudantes do Colégio Anchieta, Brasil
A.Einstein”
O coordenador de educação infantil e fundamental do Colégio Anchieta, Dario Schneider conta que não se tem muitos detalhes sobre como ocorreu o encontro entre o físico e o religioso, mas diz que o encontro reflete a filosofia educacional de ambos.
“A gente não sabe se isso foi durante um café informal ou em outro espaço, mas ele se encontrou com o Einstein, e nesse encontro, certamente Gaspar Dutra pediu alguma palavra para os estudantes aqui do Colégio Anchieta, e ele muito sabiamente traduziu aquilo que ele tem de conhecimento da física aplicado à aquilo que é o conhecimento para a vida, e nessa frase ele colocou o que ficou muito marcado, e que hoje traduz muito mais aquilo que nós temos como frase de marketing do nosso trabalho”, afirma Schneider.