Escolas estaduais de SP vão receber R$ 50 milhões para diagnosticar problemas de aprendizagem
Programa prevê que escolas identifiquem deficiências e pensem em soluções para problemas de sala de aula
SÃO PAULO - A Secretaria Estadual de Educação anunciou um aporte de R$ 50 milhões às escolas de São Paulo para a implementação de um programa que prevê o diagnóstico e elaboração de solução para problemas de aprendizagem. Chamado de Gestão em Foco -Método de Melhoria de Resultados, o projeto está na terceira fase de expansão e atinge agora todas as unidades da rede.
Nessa última etapa, serão contempladas 1.715 unidades de 39 diretorias de ensino do interior paulista. Pelo método, desenvolvido em parceria com a Falconi, as escolas devem ter painéis com as metas estipuladas e com as soluções pensadas para atingi-las.
"É uma metodologia que auxilia na organização escolar. Nós temos as avaliações externas e as bimestrais, que auxiliam o professor no diagnóstico do que os alunos têm mais dificuldade. Com o programa, as escolas conseguem se organizar melhor e pensar em um plano para solucionar as dificuldades encontradas, como dificuldade de interpretação de texto, contas de matemática, etc", disse Rossieli Soares, secretário de Educação.
As escolas receberão no máximo R$ 8 mil, que serão definidos seguindo critérios como número de alunos, vulnerabilidade da região em que está instalada e complexidade da unidade. Os repasses serão feitos em três lotes, a partir do segundo semestre.
O método começou a ser utilizado em 2016 em 77 escolas da zona leste da capital paulista. Segundo a secretaria, nessas unidades, a média dos alunos do ensino médio no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) teve crescimento de 15% em comparação a 2015.
Em 2017, o programa foi ampliado para 1.081 escolas da capital e, no ano passado, foi expandido para mais 2.299 escolas da Grande São Paulo e Interior.
Dificuldade
A rede de ensino paulista perdeu a liderança no principal indicador de qualidade da educação básica, o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb). As escolas estaduais antes lideravam os resultados nos anos iniciais e finais do ensino fundamental, mas foram ultrapassadas por outros Estados já que tiveram apenas uma ligeira melhora no desempenho.
No ensino médio, a rede estadual de São Paulo teve queda no índice e ficou atrás de 3 Estados.
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