Escolas particulares de SP vão abrir já na segunda-feira
Algumas darão preferência para educação infantil, outras receberão todas as séries
Depois do anúncio do governo do Estado, muitas escolas particulares da capital já decidiram que vão abrir segunda-feira. Algumas darão preferência incialmente para os alunos da educação infantil na semana que vem. A liberação da educação ocorreu nesta sexta-feira, 9, porque o governador João Doria decidiu tirar São Paulo da fase emergencial e passar para a vermelha.
Todas as escolas estão autorizadas a dar aulas presenciais com 35% dos alunos por dia. A rede estadual volta na quarta-feira, segundo o secretário de Educação, Rossieli Soares, para que possam se organizar na segunda e terça-feira.
Em coletiva, ele disse que as escolas devem dar preferência para receber presencialmente as crianças menores, da educação infantil e primeiros anos do fundamental pela dificuldade com o ensino remoto. Ele também enfatizou o atendimento a crianças e adolescentes com deficiências e saúde mental prejudicada.
O Estadão consultou escolas da capital e as que responderam que irão abrir na semana que vem são: Colégio Móbile, Pentágono, Dante Alighieri, Magister, Magno, Elvira Brandão, Projeto Vida, Maple Bear, See Saw, Luminova, Piaget. Algumas decidiram recomeçar as aulas presenciais apenas com educação infantil e gradativamente incluirão outras séries.
O Colégio Equipe, na região central, ainda discutia internamente se abriria ou não sua unidade.
Algumas escolas, como o Magno, já tinham começado a inscrever os alunos cujos pais tinham interesse no ensino presencial na semana que vem. A maior adesão, segundo a diretora Claudia Tricate, era de crianças também da educação infantil.
Na capital, um decreto da Prefeitura permitia o funcionamento da rede pública e particular a partir do dia 12 justamente se houvesse a mudança para a fase vermelha. A secretaria municipal da educação também enviou aos pais uma pesquisa sobre a intenção de levar os filhos na segunda-feira, que ainda não foi finalizada.
Entre as instituições que fazem parte da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) algumas reabrem na segunda-feira e outras na terça. A única que anunciou previamente que continuaria no ensino remoto foi o Colégio Santa Cruz. Em carta, o diretor Fabio Aidar, disse se preocupar com "o impacto da abertura do campus trará para a nossa comunidade e para a cidade".
Para o presidente da Abepar, Arthur Fonseca Filho, a abertura é resultado de um esforço para que a educação se tornasse essencial. "Assegurar o atendimento dos alunos e famílias que precisam é obrigação das escolas públicas e privadas aqui e no mundo todo. Cuidar para que os protocolos sejam seguidos é nosso compromisso", disse.
A abertura das escolas é a grande mudança com relação a fase emergencial em que o Estado estava até então. Comércio, restaurantes e bares continuarão fechados e podendo atender apenas em sistema de drive-thru, delivery ou take away.
Pesquisas internacionais indicam que as escolas não são grandes focos de transmissão da covid. A mais recente delas, feita por pesquisadores brasileiros na Universidade de Zurich, mostrou que o número de casos e óbitos nas cidades paulistas que reabriram suas escolas não cresceu mais do que nas que não o fizeram.