Estudante de medicina cria esquema para fraudar provas de vestibulares e é investigado pela Polícia Federal
Segundo a PF, ele tinha um time de 32 pessoas que faziam provas no lugar de vestibulandos ou que transmitiam respostas para candidatos
André Rodrigues Ataíde, estudante de medicina, está sendo investigado pela Polícia Federal por ter criado um esquema para fraudar vestibulares, com um time de 32 pessoas que faziam provas no lugar dos vestibulandos ou que transmitiam respostas para os candidatos em provas on-line.
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Trinta candidatos contrataram os serviços de André em quatro Estados do Brasil, para a realização de 107 provas. As informações, divulgadas neste domingo, 20, são do programa Fantástico.
Em um vídeo obtido pelo programa, André aparece dando instruções para um candidato de vestibular de medicina para que ele consiga fraudar a prova sem que o fiscal perceba que ele estava colando. “Teu olhar tem que ficar focado para tela. Se tu olhar para o lado aqui como eu tô olhando, o sensor, o programa vai indicar para o fiscal e ele vai ficar enchendo teu saco”, disse André, no registro.
"Ele chegou a realizar nove provas em um único dia, simultaneamente, para nove candidatos. Ele tinha colaboradores que auxiliavam na resolução das provas", explicou o delegado da Polícia Federal Ezequias Martins, ao Fantástico.
O estudante já havia sido preso por ter feito, presencialmente, duas provas do Enem no lugar de estudantes – e foi pago por isso. Ele segue réu na Justiça Federal e responde em liberdade.
Isso foi em fevereiro e, em abril, ele cancelou sua matrícula na Universidade do Estado do Pará, em meio ao andamento de um processo de expulsão. Depois ele continuou cursando Medicina na Faculdade de Ciências Médicas do Pará (Facimpa), em Marabá.
O Fantástico procurou por André, indo até sua casa. Quem atendeu a equipe foi seu pai: “Vocês se aventurem daqui pra outro rumo. Para outro rumo… Nós estamos falando sério”, ameaçou.