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Estudantes de 55 países visitam escolas públicas de SP

Alunos se preparam para participar da 43ª edição da WorldSkills Competition

11 ago 2015 - 18h33
(atualizado às 18h50)
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Estudantes de nível técnico de 55 países visitaram nesta terça-feira (11) escolas públicas da capital paulista. Os jovens estão na cidade para participar da 43ª edição da WorldSkills Competition, uma competição de educação profissional que começa na próxima quarta-feira (12) e vai até sábado (15). São 1,2 mil competidores com especialização em 50 ocupações.

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A delegação da África do Sul esteve na Escola Estadual Odair Martiniano da Silva Mandela, na Cohab Raposo Tavares, zona oeste da capital. O nome do colégio homenageia um importante líder comunitário da região, falecido em 2005. “Foi um morador que lutou muito para que as escolas existissem aqui na Cohab e tinha uma semelhança física com o Nelson Mandela”, disse a diretora da escola, Aparecida Napoleão, sobre a origem da alcunha de Odair.

O nome acabou fazendo com que a escola fosse escolhida para receber os visitantes sul-africanos. Isso também ajudou, segundo Aparecida, a fazer com que os alunos se interessassem em conhecer mais sobre aquele país. “Despertou a curiosidade de saber porque o presidente deles se chamava Nelson Mandela e o nosso patrono Odair Mandela. Despertou o interesse por história e pela língua inglesa. Eles fizeram questão de recebê-los falando um pouquinho do inglês”, acrescentou a diretora.

Quase 3 mil crianças do Paquistão não vão à escola:

Os estudantes brasileiros prepararam vários trabalhos com referências à cultura da África do Sul e até poemas com tradução em inglês. Os estrangeiros fizeram apresentações explicando o funcionamento do mercado de tecnologia industrial e cantaram uma música tradicional. “Eu achei legal aquele que trabalha com robôs”, comentou a aluna Micaeli Bastos sobre as explanações.

Humilde, a aluna da 7ª série Micaeli admitiu que ainda não tem confiança nos seus conhecimentos de língua estrangeira. A língua não foi, entretanto, uma barreira à interação. “Eles são simpáticos”, comentou Stefani Mota da 8ª série.

As impressões também foram boas pelo lado dos estudantes africanos. “Eu estou muito feliz de ter essa oportunidade de conhecer gente jovem. Eu realmente gostaria que todos esses estudantes fizessem mecatrônica quando crescerem. Seria maravilhoso”, disse empolgado o estudante de mecatrônica Tressure Makghloa, de 22 anos.

Além das experiências, o encontro tem como objetivo fomentar o interesse pelo ensino profissional. ”Essa aproximação é importantíssima no Brasil, sobretudo, porque precisamos cada vez mais atrair jovens para a educação profissional. Mostrar o quanto a educação profissional é importante em outros países”, ressaltou o gerente de estudos e prospectivas da Construção Nacional da Indústria, Márcio Guerra.

De acordo com Guerra, há um amplo mercado para os profissionais especializados em tecnologia, no Brasil e no mundo. “São tecnologias transversais. Ou seja, independente do setor a automação vai estar presente, a mecatrônica vai estar presente”, disse.

Agência Brasil Agência Brasil
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