Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Estudantes de escola cívico-militar cantam versos de ódio em atividade escolar

Diretor e policiais envolvidos foram afastados após repercussão do caso

22 nov 2024 - 16h03
(atualizado às 21h40)
Compartilhar
Exibir comentários
Alunos foram gravados marchando pela cidade de Paranã, região sul do estado
Alunos foram gravados marchando pela cidade de Paranã, região sul do estado
Foto: Reprodução/Redes sociais

Um vídeo gravado durante uma atividade extracurricular no Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais, em Paranã, no Tocantins, gerou indignação ao mostrar estudantes cantando versos que fazem apologia à violência. O episódio ocorreu na quinta-feira, 21, e envolveu alunos do 6º ao 9º ano, conduzidos por um policial militar que liderava o canto enquanto marchavam pelas ruas da cidade.

Nas imagens, os estudantes repetem frases que exaltam ações violentas: "Tu vai lembrar de mim/ Sou taticano maldito/ E vou pegar você/ E se eu não te matar/ Eu vou te prender/ Vou invadir sua mente/ Não vou deixar tu dormir/ E nas infiltrações você vai lembrar de mim."

A marcha, chamada de “corridão”, fazia parte de uma programação especial vinculada à operação Hagnos, conduzida pelas forças de segurança do estado para combater a violência contra crianças e adolescentes. Após a atividade, estava prevista uma palestra educativa sobre o tema.

O caso gerou forte repercussão, levando o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), a determinar, nesta sexta-feira, 22, o afastamento do diretor da escola e dos policiais envolvidos. Em nota oficial, o governo repudiou o episódio, classificando-o como “um caso isolado” que não reflete os valores defendidos pelas escolas cívico-militares do estado.

“A atividade está em total desacordo com os valores de respeito e cidadania que devem ser cultivados no ambiente escolar”, afirmou o governo. Uma comissão de apuração foi instaurada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para investigar as circunstâncias e evitar a repetição de eventos similares.

A Polícia Militar do Tocantins também se pronunciou, destacando que a atividade foi uma ação pontual e não faz parte da rotina diária da unidade escolar. Em nota, a instituição afirmou: "A Polícia Militar já está apurando os fatos com rigor, avaliando a conduta dos policiais militares envolvidos, e informa que serão adotadas as medidas cabíveis, em conformidade com os procedimentos legais e disciplinares previstos no âmbito institucional. Um procedimento investigativo preliminar está em curso para garantir a análise criteriosa da situação."

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade