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Estudantes de Medicina protestam antes de evento com Dilma no RS

Alunos fazem manifestação contra possível contratação de 6 mil médicos estrangeiros pelo governo, sem que passem pelo processo de revalidação de diploma

14 mai 2013 - 18h53
(atualizado às 18h58)
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Acadêmicos de Medicina fazem, no início da noite desta terça-feira, um protesto no shopping Bourbon Country, em Porto Alegre, onde a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam de um evento comemorativo do Partido dos Trabalhadores (PT). Os estudantes são contrários a uma eventual contratação de 6 mil médicos estrangeiros pelo governo, sem que passem pelo processo de revalidação de diploma.

Aluno de Medicina 3º ano da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rodrigo Elsade acredita que a medida do governo de contratar médicos de fora, dentre os quais cubanos, é paliativa. Para ele, a falta de profissionais no interior e em áreas remotas ocorre pela falta de estrutura oferecida. 

"Acredito que, dando estrutura para atendimento, sempre tem quem queira trabalhar no interior, perto da família", disse. "Pode oferecer o dinheiro que quiser, se não tiver estrutura, o médico não vai se sujeitar", completou.

O protesto reuniu estudantes da UFRGS, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Ulbra, UFCSPA, UNISC e UCS. Eles carregaram faixas com dizeres como "importem políticos para melhorar a situação do Brasil" e "Dilma: invista na saúde como investiu na Copa". 

Médicos estrangeiros

A polêmica em torno da contratação de médicos estrangeiros iniciou depois que o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciar uma negociação pela contratação de 6 mil médicos cubanos para reduzir o déficit de profissionais de saúde no interior e em áreas remotas brasileiras. A pretensão do governo não foi bem recebida pela classe médica, que cobrou a revalidação do diploma dos médicos estrangeiros. Na edição de 2012 do exame de revalidação, 92% dos candidatos foram reprovados.

A categoria afirma também ter profissionais suficientes para suprir a carência nas áreas remotas. Em audiência no Congresso nesta quarta-feira, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a criação de mais faculdades de Medicina no Brasil e garantiu que a atuação de médicos estrangeiros no País terá limite de três anos.

Estudantes de medicina usam faixa para protestar contra a contratação de médicos estrangeiros pelo governo brasileiro. A manifestação ocorreu no Parque Germânia e em frente ao shopping Bourbon Country, em Porto Alegre, onde a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam de um evento

Para os alunos, a contratação de profissionais estrangeiros é paliativa, já que, segundo eles, a falta de profissionais no interior e em áreas remotas ocorre pela falta de estrutura oferecida

O protesto reuniu estudantes da UFRGS, da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), Ulbra, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e Universidade de Caxias do Sul (UCS). O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a criação de mais faculdades de Medicina no Brasil e garantiu que a atuação de médicos estrangeiros no País terá limite de três anos.

Fonte: Terra
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