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Estudantes de medicina que ficaram nus em competição serão investigados por ato obsceno

Unisa anunciou expulsão de alunos envolvidos; MEC fixou um prazo de 15 dias para que a instituição apure os fatos

19 set 2023 - 18h07
(atualizado às 21h04)
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Fachada da Universidade de Santo Amaro (Unisa)
Fachada da Universidade de Santo Amaro (Unisa)
Foto: Reprodução/Google Street View

Os estudantes do curso de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) que ficaram nus e simularam ato obsceno durante um jogo de vôlei feminino em um campeonato universitário em São Carlos, interior de São Paulo, serão investigados pelo crime de  ato obsceno

O delegado João Fernando Baptista, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), informou que pretende  identificar todos os alunos envolvidos e ouvir testemunhas para averiguar se houve outros crimes.

Os gestos são tipificados como ato obsceno - manifestação de cunho sexual em local público ou aberto ao público, capaz de ofender o pudor médio da sociedade -, conforme previsto no artigo 233 do Código Penal. A punição pode variar de 3 meses a 1 ano. 

O caso ocorreu em abril deste ano. Na ocasião, estudantes de medicina exibiram as genitálias após vitória do time de alunas da Unisa sobre atletas da Universidade São Camilo. As imagens, no entanto, viralizaram apenas nos últimos dias.

Expulsão

A Unisa anunciou a expulsão, na noite de segunda-feira, 18, dos alunos envolvidos nos atos obscenos. A universidade, no entanto, não informou quantos alunos já foram identificados e expulsos.

"Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorridos fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento [...] A Unisa já levou o caso às autoridade públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis", disse a instituição em nota oficial. 

'Episódio repugnante'

O ministro da Educação, Camilo Santana, classificou o caso como um "episódio repugnante". Santana afirmou que recebeu um telefonema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para falar sobre o tema e que notificou a universidade sobre o tema.

"É um episódio repugnante. É inaceitável esse comportamento de um jovem, principalmente dentro de uma universidade, que se pretende ser um médico, cuidar das pessoas. Não só repudiamos, como consideramos um fato inaceitável. Logo que tomei conhecimento, determinei que o MEC tomasse todas medidas cabíveis", disse.

O MEC fixou um prazo de 15 dias para que a Unisa envie informações a respeito das medidas tomadas pela instituição para apurar os fatos e punir os envolvidos.  (* Com informações da TV Globo.)

Fonte: Redação Terra
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