Ex-BBB Matteus Amaral diz que inscrição na qual se declarou preto/pardo foi feita 'por terceiro'
Influenciador comentou sobre o caso após instituição de ensino confirmar matrícula pelo sistema de cotas raciais
O ex-BBB Matteus Amaral comentou sobre a sua autodeclaração como 'preto/pardo', para ingressar no curso de Engenharia Agrícola no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAr), em 2014. Ele afirmou que "a inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cotas raciais sem meu consentimento ou conhecimento prévio".
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No fim da tarde desta sexta-feira, 14, o ex-BBB compartilhou nota oficial sobre o caso nas redes sociais. Além de alegar que não foi o responsável pela inscrição, Matteus também 'pediu desculpas' e lamentou "qualquer impressão de que teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção".
"Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido", finalizou.
Entenda o caso
O caso ganhou repercussão após viralizar nas redes sociais, na noite de quinta-feira, 13, uma publicação com a imagem da matrícula de Matteus Amaral, vice-campeão do BBB24, com a autodeclaração 'preto' para ingressar no curso de Engenharia Agrícola do IFFar.
Nesta sexta-feira, a instituição confirmou o ingresso de Matteus pelo sistema de cotas raciais e ainda destacou que "naquele período [2014], de acordo com a Lei 12.711/2012, o único documento exigido para a inscrição de candidatos em vagas reservadas a pessoas negras (pretas, pardas) e indígenas era a autodeclaração. Assim como em outras instituições federais de ensino, não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato".
Na época, nenhuma denúncia foi feita contra Matteus. O IFFar também explicou que a política nacional de cotas foi sendo aperfeiçoada com o tempo, "principalmente em razão de denúncias de possíveis fraudes terem surgido em várias instituições, muitas delas recebendo ampla cobertura midiática". Desde 2022, a faculdade adotou mecanismos implantados de heteroidentificação nas seleções dos alunos.
Leia a nota de Matteus Amaral na íntegra:
Recentemente, surgiram informações de que, em 2014, fui inscrito no curso de Engenharia Agrícola no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha sob a modalidade de cotas para pessoas negras.
Esta nota tem como objetivo esclarecer as circunstâncias dessa inscrição e expressar a minha posição a respeito.
A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cotas racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil.
Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção.
Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido.