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Faculdade de Medicina da USP se posiciona contra Mais Médicos

19 jul 2013 - 20h02
(atualizado às 20h02)
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A diretoria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) pediu, em posicionamento aprovado nesta sexta-feira, que a Medida Provisória (MP) 621 que cria o Programa Mais Médicos seja retirada da pauta do Congresso Nacional. O comunicado pede ainda a manutenção do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) como única maneira de admissão de médicos estrangeiros.

Entre as medidas previstas no Programa Mais Médicos está a criação do segundo ciclo do curso de medicina. Os alunos que entrarem no curso a partir de 2015 terão que atuar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para receber o diploma. Outra ação prevista é a contratação de profissionais estrangeiros para trabalhar na rede pública nas periferias das cidades e no interior do País.

Para os diretores da faculdade, as medidas apresentadas pelo governo federal não ajudam a solucionar os problemas da saúde pública "Se a questão é a falta de médicos, o adiamento de sua formação irá piorar o quadro atual. Se a questão é distribuição dos médicos por todas as regiões do Brasil, a MP não oferece respostas para a migração desses estudantes com a necessária supervisão desses alunos", destaca a nota da faculdade.

Infográfico: Revalidação do diploma médico

Conheça a história de médicos brasileiros que se graduaram fora do País e por que é necessário revalidar o diploma para poder trabalhar no Brasil

 

O diretor em exercício da FMUSP, José Otávio Costa, apresentou como solução alternativa para a carência de médicos em algumas regiões do País uma parceria do Ministério da Saúde com as instituições de ensino. "Se o ministério se dispuser a fazer convênio, as faculdades de medicina mais estruturadas poderiam tomar conta de algumas regiões do País ou do seu Estado. Mas tem que haver um financiamento", ressaltou em entrevista à Agência Brasil.

Outro ponto que ajudaria a levar os profissionais às áreas mais carentes, segundo Costa, é a criação de um plano de carreira para os médicos que atendem no SUS. "Acelerar no Congresso Nacional a questão da carreira do médico. Uma carreira em que o profissional que vai atender na atenção primária ou medicina da família tenha uma segurança quando realizar um concurso público, de um posto de trabalho de um maneira digna, com um salário adequado", pontuou.

No último dia 12, a Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) anunciou que não vai aderir ao Mais Médicos.

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Agência Brasil Agência Brasil
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