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Frustração de graduado: estudante vende diploma na internet

Stephanie Ritter diz ter se frustrado com o mercado de trabalho após a graduação

28 ago 2015 - 14h55
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Stephanie Ritter está vendendo seu diploma e "experiência universitária" em site de compras
Stephanie Ritter está vendendo seu diploma e "experiência universitária" em site de compras
Foto: eBay / Reprodução

Uma americana está vendendo seu diploma e “experiência universitária” no eBay após se frustrar com as perspectivas de emprego depois da graduação. Conheça Stephanie Ritter, que em uma atitude “simbólica”, traduziu o drama que muitos recém-formados passam.

Em entrevista ao site do Buzzfeed, Ritter disse que achou seu diploma da Universidade do Estado da Flórida (FSU, na sigla em inglês), enquanto arrumava o quarto.

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“Esse pedaço de papel vale muito para diversas pessoas, mas para uma outra maioria, não poderia significar menos”, afirmou. “Estou fazendo exatamente as mesmas coisas e ganhando o mesmo que uma pessoa que desistiu da faculdade na metade do primeiro ano, exceto que ainda devo U$ 40 mil (aproximadamente R$ 143 mil) e eles não”.

Stephanie se formou na universidade em 2011 e atualmente trabalha como assistente. Ela conta que as perspectivas de trabalho após a graduação são pouquíssimas. E não é a única que passa por essa situação.

De acordo com um estudo divulgado pelo Federal Reserve Bank of New York, banco central dos Estados Unidos, apenas 27% dos graduados trabalham com algo relacionado a sua área de formação.

Vender o diploma foi uma resposta hilária de Stephanie para este número tão pessimista. “Por que gastar quatro anos da sua vida indo para uma faculdade estadual para conseguir um pedaço de papel se você comprar o meu?”, ela escreve no anúncio. Seu diploma está disponível por U$ 50 mil (aproximadamente R$ 178 mil), preço que um estudante pagaria pelo curso.

Porém, ela não é a primeira a fazer isso. Só que ao contrário de seus antecessores, além do papel, ela também vende sua experiência no campus. Assim, o comprador terá uma experiência completa de como foi estudar no local.

De acordo com um estudo divulgado pelo Federal Reserve Bank of New York,apenas 27% dos graduados trabalham com algo relacionado a sua área de formação
De acordo com um estudo divulgado pelo Federal Reserve Bank of New York,apenas 27% dos graduados trabalham com algo relacionado a sua área de formação
Foto: eBay / Reprodução

Dá só uma olhada em alguns itens desse pacote bem original:

- um tour pela Universidade do Estado da Flórida, incluindo os lugares que você poderia ter comido / passeado / feito festas enquanto estudava.

- acesso as minhas memórias / álbuns do Facebook por seis meses! (acesso a qualquer recordação por meio do meu celular ou mensagens de texto entre 10-7, domingo a quinta-feira, assim você poderá detalhar as mais autênticas e específicas memórias, caso alguém te pergunte)

- um show (por minha conta!) na Escola de Teatro da FSU (na noite de abertura, se possível!).

-um tour pelos pontos onde tomei multa enquanto ia de uma aula para outra

Mas apesar de toda essa frustração, Stephanie diz não ter se arrependido de ter ido à universidade. Mas é claro que mudaria algumas coisas, como estudar em uma cidade onde poderia ganhar mais dinheiro para se manter e, o mais importante, uma universidade que fosse mais aberta aos homossexuais.

“A FSU era ótima, mas tinha mil homens héteros brancos para cada pessoa homossexual”, ela afirma.

Ela também dá um conselho a alunos do ensino médio que estão se preparando para entrar em universidades: tomem muito cuidado com os empréstimos. Ou, como ela indica, mandem cartas para pessoas ricas de sua cidade financiarem seus estudos. Apesar de parecer uma piada, Ritter garante que seus colegas já fizeram isso e funcionou.

Fonte: Terra
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