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Futuro ministro da Educação defende valores conservadores

Ricardo Vélez Rodríguez afirmou que planeja acabar com "instrumentalização da educação"

23 nov 2018 - 17h28
(atualizado às 17h44)
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O futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou em nota, nesta sexta-feira, que a sociedade brasileira "é conservadora" e planeja, em sua gestão acabar com o que chama de "instrumentalização da educação com finalidade político-partidária".

Rodríguez é um defensor da Escola sem Partido, e foi indicado ao presidente eleito Jair Bolsonaro pelo filósofo Olavo de Carvalho - que também emplacou Eugênio Araújo no Ministério das Relações Exteriores.

Presidente eleito Jair Bolsonaro deixa sede da transição de governo, em Brasília
21/11/2018 REUTERS/Adriano Machado
Presidente eleito Jair Bolsonaro deixa sede da transição de governo, em Brasília 21/11/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Pretendo colocar a gestão da Educação e a elaboração de normas no contexto da preservação de valores caros à sociedade brasileira, que, na sua essência, é conservadora e avessa a experiências que pretendem passar por cima de valores tradicionais ligados à preservação da família e da moral humanista", diz a nota distribuída por Rodríguez.

O ministro indicado diz ainda que pretende "cumprir a contento o ideal proposto pelo nosso presidente eleito" e responsabiliza o que chama de "instrumentalização ideológica da educação em aras de um socialismo vácuo" pela polarização do debate no país nos últimos anos.

No início deste mês, em seu blog, Rodríguez já anunciava que estava sendo considerado para o MEC por Bolsonaro. No texto em que se apresenta como possível ministro, criticou rivais para o cargo, sem citar nomes, e colocou a necessidade de uma "refundação" do ministério.

"Enxergo, para o MEC, uma tarefa essencial: recolocar o sistema de ensino básico e fundamental a serviço das pessoas e não como opção burocrática sobranceira aos interesses dos cidadãos, para perpetuar uma casta que se enquistou no poder e que pretendia fazer, das instituições republicanas, instrumentos para a sua hegemonia política", escreveu.

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