Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Governo de SP anuncia compra sem licitação de 200 milhões de livros digitais

Determinação da Secretaria de Educação foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado desta segunda-feira, 14

14 ago 2023 - 22h55
Compartilhar
Exibir comentários
Governo de SP anuncia compra sem licitação de 200 milhões de livros digitais
Governo de SP anuncia compra sem licitação de 200 milhões de livros digitais
Foto: Jens Kalaene/picture alliance via Getty Images

O Governo do Estado de São Paulo anunciou a compra de 200 milhões de livros em formato digital sem licitação, sob determinação da Secretaria de Educação estadual. No total, o Estado investirá mais de R$ 15 milhões, entre a compra de licença do material e da interface digital que será utilizada pelos estudantes.  

A decisão de compra sem licitação foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira, 14, duas semanas após o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder, anunciar a recusa em receber o material didático fornecido pelo Ministério da Educação (MEC) e a adoção do material digital para estudantes a partir do 6º ano.

 "A aula é uma grande TV, que passa os slides em Power Point, alunos com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios. O livro tradicional, ele sai", disse Feder ao Estadão

No total, o Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) pagará R$ 4,51 milhões à empresa Bookwire para comprar 68 títulos de leitura, além da interface que será utilizada pelos alunos da rede pública estadual de São Paulo, ainda a ser contratada por R$ 10,7 milhões, conforme publicado pelo jornal Folha de S. Paulo

A medida de adoção do material em formato digital resultou na abertura de um inquérito pelo Ministério Público Estadual. A promotoria dá dez dias para a Secretaria da Educação mostrar as "justificativas pedagógicas e financeiras" para recusar as obras do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), em que o Ministério da Educação (MEC) compra exemplares para todas as escolas do País.   

A estratégia do governo de São Paulo atualmente é a de aulas organizadas em Power Point, com cerca de 20 slides, que são passados pelo professor em sala de aula. "A aula é uma grande TV, que passa os slides em Power Point, alunos com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios. O livro tradicional, ele sai", disse Feder ao Estadão. "Não é um livro didático digital. É um material mais assertivo, com figuras, jogos, imagens 3D, exercícios. Ele pode clicar em links, abrir vídeos, navegar por um museu", completou. Feder também justificou a decisão por considerar os livros do PNLD "superficiais".

Segundo o MP, há necessidade "de apurar se os novos materiais didáticos a serem adotados equivalem aos do PNLD em termos de qualidade, processos de análise qualitativa de produção, escolha, avaliação e preço unitário". A promotoria pede que o governo informe também quem são os profissionais responsáveis por elaborar e avaliar o material digital.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade