Governo de SP quer produzir material didático da rede estadual com inteligência artificial
A Secretaria de Educação do Estado afirmou que o projeto consiste em usar a ferramenta para o 'aprimoramento' das aulas digitais
O Governo de SP planeja implementar o uso de IA para a produção, aprimoramento e revisão de materiais didáticos usados nos ensinos fundamental e médio da rede estadual, atualmente produzido e revisados por professores curriculistas.
O Governo de São Paulo planeja implementar o uso do ChatGPT para o 'aprimoramento' de materiais didáticos que serão usados nos anos finais do ensino fundamental e médio. Ao Terra nesta quarta-feira, 17, a pasta confirmou que o projeto ainda será testado e validado antes de ser avaliada uma possível aplicação.
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Segundo publicado pela Folha de S.Paulo, a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) adotou a inteligência artificial para a produção de aulas digitais que serão usadas por professores de toda a rede estadual. Até então, o material era produzido por professores curriculistas, especializados na produção desse conteúdo.
A publicação informa que os professores passariam a atuar como 'avaliadores' do material produzido pela ferramenta de inteligência artificial e a realizar ajustes necessários. Depois, o material seria editado e encaminhado à Secretaria de Educação do Estado (Seduc), responsável pela revisão de formatação.
A decisão pelo uso do ChatGPT seria do próprio secretario de Educação, Renato Feder, que justificou a medida para agilizar a produção de material didático, usado por 3,5 milhões de estudantes da rede pública estadual.
A proposta é que as mudanças aconteçam a partir do terceiro bimestre letivo. Em nota ao Terra, a Seduc ressaltou que professores "não serão substituídos por ChatGPT ou por qualquer outra ferramenta de Inteligência Artificial (IA)". Atualmente, a rede estadual conta com 90 professores curriculistas.
A pasta afirma que o projeto-piloto planeja incluir a IA "como uma das etapas do processo de atualização e aprimoramento de aulas" e que o processo ainda passará por testes e etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação.
"Nele, as aulas que já foram produzidas por um professor curriculista e já estão em uso na rede são aprimoradas pela IA com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula", informou a Secretaria de Educação do Estado.
"Esse conteúdo será avaliado e editado por professores curriculistas em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design. Por fim, se essa aula estiver de acordo com os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023" finalizou a Seduc.