Governo do Paraná pede retirada do livro 'O Avesso da Pele' das escolas
O livro foi criticado por uma diretora de uma escola do Rio Grande do Sul, que considerou a linguagem de "baixo nível" para adolescentes
A Secretaria de Educação do Paraná irá retirar 'O Avesso da Pele' das escolas do Estado, por considerar que o conteúdo seria inadequado para exposição a menores de 18 anos. A obra faz parte do PNLD desde 2022, mas recebeu grande repercussão após críticas feitas por uma diretora de uma escola do Rio Grande do Sul.
A Secretaria de Educação do Paraná vai retirar de circulação o livro O Avesso da Pele das escolas do Estado. A decisão da gestão do governador Ratinho Jr. ocorre após polêmicas envolvendo a obra vencedora do Prêmio Jabuti de melhor romance literário de 2021.
Segundo a revista Veja, a pasta alegou que a determinação obedece a estatutos legais da lei brasileira, de salvaguarda à criança e ao adolescente, no que diz respeito à exposição de determinados conteúdos. A secretaria considera que o livro tem expressões, jargões e descrição de cenas de sexo explícito que podem ser considerados inadequados para exposição a menores de 18 anos.
A obra faz parte do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) desde 2022. Assim, O Avesso da Pele está incluso em um catálogo de vários livros que, segundo o Ministério da Educação, podem ser escolhidos pelas escolas para compor a sua rotina pedagógica.
No entanto, na última semana, uma diretora de uma escola no Rio Grande do Sul se revoltou com o conteúdo do livro, que disse ter "vocabulários de tão baixo nível". Janaína Venzon, da Escola Ernesto Alves, considerou a obra inadequada para alunos do ensino médio. A publicação gerou grande repercussão, tendo o livro atingido seu pico de pesquisas no Google após a diretora ser acusada de censura.
Apesar da decisão da secretaria do Paraná, a Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, onde foi feita a crítica pela diretora, afirmou que não vai retirar o livro das bibliotecas da rede estadual de ensino.