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Governo lança bolsa de estudos em homenagem a Sérgio Vieira de Mello

19 ago 2013 - 20h34
(atualizado em 20/8/2013 às 00h22)
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O governo anunciou nesta segunda-feira o lançamento de uma bolsa de estudos para financiar voluntários interessados em participar de projetos humanitários das Nações Unidas, em um ato de homenagem ao diplomata Sérgio Vieira de Mello, que morreu há exatos dez anos no atentado contra a sede da ONU em Bagdá.

A bolsa de estudos será financiada pelo governo e pelo Programa de Voluntários da ONU e tem como objetivo elevar a participação de brasileiros em ações humanitárias, anunciou o ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota.

O anúncio foi feito durante o ato de homenagem que o governo e a ONU renderam nesta segunda-feira no Rio de Janeiro aos 22 membros da organização multilateral mortos no atentado de 2003 em Bagdá, entre eles Sérgio Vieira de Mello, que era o enviado especial das Nações Unidas no Iraque.

A bolsa de estudos será destinada a jovens brasileiros recém graduados da universidade para participarem de ações humanitárias por períodos de pelo menos um ano.

"O Brasil, como uma das maiores economias do mundo, não pode renunciar suas responsabilidades internacionais. A promoção dos direitos humanos, assim como da ciência, não tem fronteiras", afirmou o responsável pela Coordenação-Geral de Ações Internacionais de Combate à Fome (CGFOME), o ministro Milton Rondó Filho.

Segundo o diplomata, a bolsa de estudos em homenagem a Sérgio Vieira de Mello servirá também para promover entre os brasileiros "a consciência que, se uma pessoa passa fome em qualquer lugar do mundo, o Estado brasileiro tem responsabilidade e tem que agir".

A seleção dos bolsistas será feita anualmente com base em uma lista de cotas em projetos de cooperação humanitária da ONU nos quais o Brasil tem participação. A primeira seleção será realizada este ano e estará aberta para recém graduados de qualquer área.

No mesmo ato de homenagem a Vieira de Mello foi celebrado o Dia Mundial de Ação Humanitária, uma iniciativa da ONU para sensibilizar o público sobre assuntos humanitários e sobre a necessidade da cooperação internacional para dar suporte a pessoas vulneráveis em outros países.

A data foi escolhida para lembrar aquele que foi até agora o maior atentado contra a ONU em sua história, quando um caminhão-bomba conduzido por um terrorista suicida destruiu o hotel Canal, onde estava a sede da missão das Nações Unidas no Iraque.

Sérgio Vieira de Mello, um diplomata brasileiro que tinha sido alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, morreu junto com outros 21 membros da missão.

EFE   
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