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Governo vai pagar R$ 150 para incentivar carreira em exatas e biologia

10 set 2013 - 17h11
(atualizado às 17h11)
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O Ministério da Educação deve lançar nesta semana um programa para incentivar estudantes do ensino médio de escolas públicas a seguirem carreira na áreas de química, física, matemática e biologia. O Programa Quero ser Cientista, Quero ser Professor vai conceder bolsas de R$ 150 aos alunos para incentivar a dedicação ao estudo das disciplinas. A expectativa é oferecer inicialmente 30 mil bolsas e ampliar gradualmente até 100 mil.

Os estudantes terão supervisão de um professor orientador que contará com o apoio de universidades. O professor também receberá bolsa, mas o valor não foi divulgado.

"Química, física, matemática e biologia são áreas em que a demanda por matrícula no ensino superior é muito baixa. Está em torno de 2,8% a 3% das matrículas e não sai desse patamar. Nós queremos melhorar isso", explicou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, após participar de evento da organização não governamental Todos pela Educação.

Um dos objetivos do programa é que o incentivo possa reduzir o déficit de professores nas áreas de química, física e matemática e biologia. Estima-se que atualmente chegue a 170 mil o déficit de docentes na rede pública nessas áreas.

A intenção é ainda ter profissionais das áreas de exatas em outros setores produtivos, segundo Mercadante. "A medida que você dá condições, ele (o estudante) vai de alguma forma para a área de exatas. Ou vai ser um professor, ou vai ser matemático, físico, químico, que o Brasil precisa de gente em todas essas áreas", disse.

De acordo com o ministro, os estudantes receberão uma bolsa de estímulo, a exemplo daquelas de iniciação científica. Enquanto participa do programa, terão uma jornada maior de trabalho em função das tarefas a fazer e o acompanhamento do professor orientador.

A portaria que cria o programa deve ser lançada esta semana e os Estados deverão aderir à iniciativa. A previsão, segundo Mercadante, é fazer a seleção dos alunos e iniciar o trabalho ainda este ano.

Ao participar de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em abril, o ministro Aloizio Mercadante já havia informado que o programa estava em elaboração.

Agência Brasil Agência Brasil
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