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A Bolsa de Valores

26 fev 2019 - 15h59
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A bolsa de Bruges
A bolsa de Bruges
Foto: Voltaire

Origem: as Bolsas de Valores surgiram na Baixa Idade Média como resultado da crescente mercantilização da vida econômica. Inicialmente eram exclusivamente locais públicos, situados em praças ou ruas, onde se comprava e vendia a produção agrícola. Comerciantes e intermediários faziam ofertas aos camponeses para que lhes vendessem seus produtos. Com o tempo o local também atraiu outros tipos de negócios. Quem tinha uma promissória a resgatar mais adiante mas que desejava o dinheiro imediatamente ou quem queria obter sócios num empreendimento e desejava vender ações. Como a dimensões do negócio  cresceram, com a descoberta da América e a rota para as Índias, as atividades se separaram; a Bolsa de Valores apartou-se da Bolsa de Mercadorias. 

A primeira Bolsa de Valores surgiu na cidade belga de Bruges, em 1487, aberta em frente a casa dos Van der Bursen - dai derivar seu nome - e, um século depois, elas se expandiam por boa parte das cidades da Europa Ocidental e da América ( Antuérpia e Amsterdam, em 1561;  a Royal Exchange, ou Bourse, em Londres, em 1566 - 1571 ; Lyon em 1595; Paris em 1639 e A Stock and Exchange Board em Nova Iorque, em 1792 , em frente ao nº 68 da Wall Street.) As bolsas brasileiras, apesar de já haver regulamento desde 1850,  só estabeleceram-se com a República: a do Rio de Janeiro em 1893 e a de S. Paulo em 1895.      

        O Mercado de Ações

O surgimento do mercado de ações deve-se as seguintes circunstâncias: 1) uma companhia deseja expandir seus negócios e trata de encontrar pessoas dispostas a financiá-la. Para tanto ela emite um certo número de ações ( que são uma certa fração do empreendimento) e as entrega a um corretor para  vendê-las. O corretor( brocker ou marktel) as remete, por meio dos operadores ( floor brockers) para serem leiloadas num pregão. Se obter um preço maior do que o ofertado ele fica com uma comissão. O outro caso é quando se forma uma Sociedade por Ações. Um indivíduo ou alguns sócios, resolvem pôr a venda ações tendo em mente a produção futura de um produto novo ou a exploração de um mercado qualquer recém aberto. Emitem ações e as entregam para um corretor para que tome os mesmo procedimentos. Na Bolsa de Valores encontra-se também o mercado de títulos. O governo resolve lançar títulos da dívida pública, resgatáveis no futuro,  porque necessita de dinheiro imediatamente. O comprador têm como lucro o juro que o governo compromete-se a pagar. As ações, por sua vez, são remuneradas , em geral,  por meio de dividendos, isto é , por parte do lucro obtido pela empresa que é distribuído entre os acionistas em dinheiro ou pela emissão de mais ações.

Quem tem direito a receber antes? Aqueles que possuem as chamadas ações preferenciais. Os que estão de posse das  ações ordinárias ( que dão direito a voto na formação da direção da empresa) remuneram-se depois. As ações são postas a venda na Bolsa de Valores em duas fases de funcionamento: na primeira, ocorre o pregão, quando os vendedores ou compradores anunciam os preços que estão dispostos a pagar por determinadas ações; na segunda fase,  fixa-se  a cotação de cada papel para o restante do dia . Feito isso começa o leilão. A cotação de uma ação sobe se os compradores intuem boas perspectivas para aquela empresa e desce acaso  ocorra o contrário. Joga-se prevendo o futuro das empresas, do governo e da economia.

Foto: Voltaire
Fonte: Especial para Terra
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