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Arqueólogos restauram artefatos danificados pelo EI na Síria

Estátuas e esculturas de séculos atrás foram destruídas pelos jihadistas nas duas vezes em que tomaram controle da cidade

10 jan 2019 - 16h39
(atualizado às 17h09)
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No Museu Nacional de Damasco, o arqueólogo Muntajab Youssef trabalha em um antigo busto de pedra da cidade de Palmira, uma das centenas de artefatos que sua equipe está cuidadosamente restaurando depois que foram danificados por militantes do Estado Islâmico.

Estátuas e esculturas de séculos atrás foram destruídas pelos jihadistas nas duas vezes em que tomaram controle da cidade no centro da Síria durante a guerra do país, que entrará em seu 9º ano em março.

O busto de 1.800 anos de uma mulher com jóias e bem vestida, A Bela de Palmira, foi danificado durante a primeira ofensiva do Estado Islâmico contra a cidade em 2015.

Especialista trabalha em escultura danificada de Palmira no Museu Nacional de Damasco, na Síria
09/01/2019 REUTERS/Omar Sanadiki
Especialista trabalha em escultura danificada de Palmira no Museu Nacional de Damasco, na Síria 09/01/2019 REUTERS/Omar Sanadiki
Foto: Reuters

Depois que forças do governo sírio retomaram o controle da cidade com apoio militar russo em março de 2016, o busto, junto com outros monumentos antigos danificados, foi levado a Damasco e arquivado em caixas. Quando o trabalho de restauração começou no ano passado, ele estava em pedaços, disse Youssef.

"As mãos e rosto foram completamente perdidos, além de partes do vestido e há áreas que estão mais fracas", disse Youssef, que está trabalhando no busto há dois meses.

Youssef é um dos 12 arqueólogos realizando o árduo trabalho de restauração, que começou com o transporte dos pedaços de artefatos para Damasco.

Mamoun Abdulkarim, ex-chefe da instituição de antiguidades da Síria, disse que, em alguns casos, os artefatos eram transportados em caixas vazias de munição fornecidas pelo Exército sírio em Palmira.

O total de artefatos é difícil de estimar, considerando o estado em que foram encontrados.

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