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Museu Nacional precisa de R$ 50 mi para recuperar da fachada

Alexander Kellner fez um apelo aos deputados fluminenses para que assegurem a verba por meio de emendas de bancada

17 out 2018 - 20h29
(atualizado às 20h47)
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Em entrevista no Palácio do Planalto, após ser condecorado com a medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, fez um apelo aos parlamentares do Rio de Janeiro para que assegurem no Orçamento do ano que vem R$ 50 milhões, por meio de emendas de bancada, para serem usados na recuperação da fachada do Museu Histórico Nacional e das salas históricas.

Kellner reiterou ainda que enviou carta aberta aos candidatos à Presidência da República pedindo que se comprometam com a reconstrução da instituição - destruída pelo fogo em 2 de setembro.

Incêndio destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro
Incêndio destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro
Foto: DW / Deutsche Welle

Segundo Kellner, o Congresso Nacional deu uma "sinalização positiva" em relação ao tema, mas Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) ainda não procuraram os gestores do museu.

Após relatar que governo federal repassou R$ 8,9 milhões à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para que os pesquisadores consigam entrar no que sobrou palácio a fim de recuperar o acervo nos escombros, Kellner mostrou-se muito incomodado com o fato de, até hoje, o Fundo Patrimonial anunciado pelo governo para ser empregado na sua reconstrução, efetivamente não ter saído do papel, mesmo com a medida provisória assinada pelo presidente Michel Temer (MDB).

Agência

Há um jogo de empurra nesta questão. Como a Agência Brasileira de Museus (Abram), responsável pela reconstrução do Museu Nacional, ainda não foi criada, o fundo que irá para isso ainda não existe. Mas o governo ressalta que outra medida permite que a própria UFRJ, responsável pelo museu, crie o seu fundo e capte recursos no mercado para geri-lo e a universidade também não se mexeu para ir em busca destes outros fundos. Na semana que vem uma nova reunião deverá ser realizada para discutir a criação da agência.

Estadão
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