Índia brasileira teme invasores que desmatam floresta
A brasileira Tainá dos Santos, de 9 anos, mora na aldeia Ytwaçu, na reserva indígena do Alto Guamá, no Pará, onde vivem cerca de 2 mil indígenas da etnia Tembé.
Ela vive em uma casa de dois quartos, feita de adobe e cimento, e gostaria que "a terra fosse desocupada e que não houvesse mais desmatamento".
"A floresta significa muito para nós, porque ajuda a cuidar dos animais e a dar alimento", diz ela. "A gente tem que ficar olhando para ver se invasores não vêm para cá, ameaçam a gente, querem desmatar."
Segundo o Ibama, mais de um terça da área de reserva foi desmatada por madeireiros ilegais, fazendeiros e traficantes.
O Brasil reduziu suas taxas de desmatamento em cerca de 80% nos últimos dez anos, mas dados recentes indicam que este ritmo está diminuindo. O Pará teve os maiores índices de desmatamento do país em 2014. (checar)
Em uma diferença marcante em relação aos Objetivos do Milênio, a nova agenda da ONU tem a meta de reduzir a mudança climática e promover ecossistemas sustentáveis. Um dos grandes objetivos é acabar com o desmatamento, restaurar florestas destruídas e aumentar o reflorestamento até 2020.