Segundo a médica do Instituto do Sono de São Paulo Dalva Poyares, não se conhece um experimento desse tipo em humanos, “mas os ratos morrem após duas semanas de privação total de sono”, comenta. Contudo, uma experiência não-científica ficou famosa nos anos 60. Em dezembro de 1963, o então estudante Randy Gardner impôs a si mesmo o desafio da privação do sono e resistiu por 264 horas. Contando inicialmente apenas com a ajuda de dois colegas, a experiência de Randy ganhou a supervisão do pesquisador da Universidade de Stanford, William C. Dement. Os três mantiveram o estudante desperto jogando basquete ou fazendo-o falar a cada vez que fosse ao banheiro. Não foi usada nenhuma droga durante esse tempo - nem mesmo cafeína. Ao final da experiência, médicos não encontraram nada de errado fisicamente no jovem, mas ele apresentou muita tontura, dificuldade de focar seu olhar e de lembrar sobre o que havia falado de um minuto para o outro. Depois de Randy, o Guinness Book já registrou outros recordes: em abril de 1977, Maureen Weston, na Inglaterra, ficou 449 horas sem dormir enquanto participava de uma maratona de cadeira de balanço.