Neste ano, o Ministério da Educação (MEC) distribuiu a 4.236 escolas brasileiras um livro didático da ONG Ação Educativa que, segundo alguns críticos, defenderia a escrita sem concordância de expressões populares, como por exemplo, "os livro" e "nós pega o peixe". A obra Por uma Vida Melhor foi distribuída para turmas de educação de jovens e adultos (EJA) em todo o Brasil.
A Academia Brasileira de Letras (ABL) divulgou nota em que criticou o MEC por autorizar publicações com "erros gramaticais" e o ministro Fernando Haddad teve que dar explicações a parlamentares no Senado Federal. Segundo o ministro, a obra parte da situação da fala, mas induz o jovem a se apropriar da norma culta. "Os críticos infelizmente não leram o livro, fizeram juízo de valor com base em uma frase pinçada do contexto", disse na ocasião.
No final de junho, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar uma ação civil pública contra o MEC por distribuir a obra. De acordo com o MPF, foi transmitida a ideia de que o livro pudesse "ensinar a língua portuguesa de modo errado aos estudantes, quando, na verdade, o Ministério da Educação propôs à sociedade a introdução e reflexão acerca da linguística".