Por muitos anos acreditou-se que o universo expandia de maneira cada vez mais lenta, devido à gravidade que os corpos celestes exercem uns sobre os outros. Mas três americanos provaram que, ao contrário do que se pensava, a expansão do universo está em aceleração desde o Big Bang. A descoberta rendeu o Nobel de Física a Saul Perlmutter, Adam Riess e Brian Schmidt que, de forma paralela, chegaram em 1998 à conclusão que o universo se expande cada vez mais rápido.
Os cientistas passaram anos estudando supernovas distantes - explosões de estrelas no fim de sua vida - esperando encontrar a confirmação da teoria da desaceleração, mas para a surpresa até deles mesmos, os dados indicavam justamente o oposto. Em equipes separadas - Riess e Schmidt nos EUA e Perlmutter na Austrália - os astrônomos buscavam identificar supernovas de um tipo específico, as Ia Supernova, que emitem uma luminosidade própria que serve de modelo para medir as distâncias no universo.