O efeito dominó que o vendedor de frutas Mohamed Bouazizi causou no Oriente Médio quando ateou fogo a si mesmo na Tunísia, em dezembro de 2010, ainda reverbera no mundo. A revolta que esse fato causou no país atingiu as populações vizinhas e causou uma crise no mundo árabe. De acordo com o Márcio dos Anjos, professor de história da unidade Lafaiete do pré-vestibular SEB COC de Ribeirão Preto (SP), essa e outras questões sobre o Oriente Médio, como fundamentalismo e terrorismo, devem aparecer nas provas de história. Por isso, os estudantes precisam estar atentos aos desdobramentos dos conflitos.
O professor de geografia do pré-vestibular Objetivo Floripa, de Florianópolis (SC), Luiz Bruno explica que o Oriente Médio também pode ser assunto da prova de geografia. Sobre a Tunísia, é importante saber sobre direitos civis e desequilíbrios econômicos entre as regiões mais prósperas e as áreas rurais. A inflação no Egito e o isolamento político de alguns países na região também são temas fortes, assim como a ditadura de Kadhafi na Líbia e sua influência na economia e na política internacionais.
Na hora da redação, as revoltas árabes também podem aparecer, mas com um texto de apoio para o tema. Por exemplo, podem pedir para escrever sobre a importância das redes sociais na derrubada do governo de Hosni Mubarak no Egito. Fábi Itasiki, professor de redação da unidade Lafaiete do pré-vestibular SEB COC de Ribeirão Preto (SP), explica que alguns exemplos da crise servem como argumentação para os estudantes tratarem de temas como violência, autoritarismo e intolerância.