O político responsável pelo Plano Real e pela volta do Fusca. É assim que o ex-presidente e senador de Minas Gerais Itamar Franco, morto no dia 2 de julho deste ano, deverá ser lembrado no vestibular, aposta o professor de história do Curso Apogeu, de Curitiba (PR), Marcio Santos. O plano político-econômico que conseguiu controlar a superinflação dos anos 1980 e 1990 e uma medida que estimulou a indústria automobilística a fabricar carros populares são, para o professor, os fatos mais marcantes da trajetória de Itamar.
Mesmo que os créditos pela formatação do Plano Real recaiam também sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ministro da fazenda de Itamar, o fato do plano ter sido implantado durante a sua presidência não escapará às provas. "Depois de sucessivas tentativas de conter a inflação como o Plano Cruzado e o Plano Collor, realizados durante os governos de José Sarney e de Fernando Collor de Mello, respectivamente, Itamar chama para ministro da Fazenda o então senador Fernando Henrique Cardoso, criador do Real e que deu estabilidade ao País", explica o professor. Lançado em 1993, o plano baseava-se no equilíbrio das contas públicas, criação da Unidade Real de Valor (URV), e uma nova moeda, o Real, em vigor até os dias de hoje.
A indústria de bens duráveis também sofreu um fomento grande durante a presidência de Itamar. O incentivo pode ser usado como cenário para uma questão sobre o desenvolvimento do setor no País. Para o professor, "Itamar Franco foi o responsável pela volta do velho Fusca, alegando que todos os brasileiros teriam direito a um carro. Apesar de ter fracassado, a ideia serviu para a indústria automobilística nacional investir em uma nova geração de carros populares", diz Santos.
Sua chegada à presidência, cargo que assumiu após o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, é uma grande candidata a figurar entre as questões. O plebiscito para escolher o regime institucional do País, realizado um ano depois, ainda no governo Itamar, também pode aparecer nas provas. Na oportunidade, a população preferiu manter o sistema presidencialista, derrotando as propostas do parlamentarismo e da monarquia.