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Inteligência artificial vai acabar com os empregos? Especialista pontua áreas que passarão ilesas

Tecnologia poderá auxiliar em todas essas áreas, automatizando processos mais tradicionais, mas não substituirá o trabalho humano empregado

6 mar 2024 - 05h00
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Foto: GettyImages

A inteligência artificial (IA) é umas das ferramentas mais comentadas de tecnologia nos últimos anos, e uma das mais promissoras também. Com ela, processos serão automatizados, e diversas áreas de emprego podem ser atingidas. Mas isso não quer dizer que a força humana empregada passará a ser dispensável, até porque nem todos os setores serão diretamente impactados pela IA.

Ao menos é o que explica Caroline Cadorin, diretora da Assigna, empresa do Talenses Group, voltada ao recrutamento de profissionais terceiros e temporários.

"Talvez o mais adequado seja dizermos que são as profissões que ainda vamos ver com nomenclaturas parecidas com o que temos hoje", explica ela, em entrevista ao Terra.

Segundo relatório divulgado pela Goldman Sachs, em março de 2023, a inteligência artificial pode automatizar mais de 300 milhões de empregos em tempo integral de alguma maneira, ao menos nos Estados Unidos e no Reino Unido. Isso já ocorre hoje, com ferramentas como o ChatGPT, chatbot capaz de produzir textos de acordo com instruções dadas pelo usuário, e o Sora, software para criação de vídeos. 

llustração de inteligência artificial
REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração
llustração de inteligência artificial REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração
Foto: Reuters

Além dos exemplos mais acessíveis à população, a inteligência artificial também já é usada em prol da saúde da população. Essa tecnologia assessora diversas áreas, inclusive, a saúde, auxiliando no rastreamento precoce de doenças, por meio de análises de exames de imagem. 

Independentemente de seu uso, a inteligência artificial deverá impactar na execução de diversas tarefas, outras nem tanto. Confira a seguir quais áreas devem ser menos impactada pela IA.

  • Gestão estratégica e questões morais e éticas

De acordo com Caroline Cadorin, diretora da Assigna, funções relacionadas às tomadas de decisões estratégicas e questões morais e éticas deverão passar ilesas pelo avanço da tecnologia. A inteligência artificial será ferramenta, não substituta de pessoas.

"Toda essa ferramenta de inteligência artificial vai cada vez mais estar acessível e funcionar como pilares ou fontes extremamente relevantes para que os caminhos sejam escolhidos, para que as decisões sejam tomadas, para que as estratégias sejam definidas", diz. 

  • Profissões que exijam criatividade

Caroline destaca que profissões que exigem criatividade passam a ser ainda mais necessárias. Isso diz respeito não apenas à criação de uma campanha publicitária, por exemplo, mas também quanto ao que será pensado, criado e executado pelos colaboradores. 

Foto: Ilustração

"A inteligência artificial não vai substituir isso. Acho muito pouco provável que a gente chegue num nível de maturidade dessa tecnologia capaz da gente falar 'Não, agora não precisamos mais de alguém para ser criativo o bastante', para pensar no contexto de campanhas comerciais, no contexto de como é que eu uso ferramentas criativas para despertar sentimentos ou trazer um público diferenciado para um determinado ponto ou uma determinada situação", explica. 

  • Educação e desenvolvimento de pessoas

O que a IA pode fazer, assim como nas demais áreas, é auxiliar em plano de treinamentos e formação, para determinar que tipo de público ou habilidade deverão ser desenvolvidas com determinado ensinamento. 

"A IA ajuda muito, mas ela não vai substituir o papel de quem está ali no dia a dia fazendo ou lidando com a frente do ensino, do desenvolvimento e mais, acompanhando esse processo todo. A gente vai, sim, ter talvez inteligência artificial substituindo alguns formadores, quando a gente está falando de coisas muito tradicionais, muito corriqueiras, mas não vai ser capaz de fazer com que a gente não precise mais de um bom formador ou de alguém que lidere esse tipo de situação", tranquiliza. 

  • Gestão e negociação

Profissionais que trabalham com negociações e gestão poderão usar a IA como uma ferramenta para obter dados ou para montar a melhor estratégia. No entanto, a habilidade de colocá-la em prática é exclusiva do ser humano, conforme aponta Caroline. 

"A habilidade de negociação, de montar a estratégia se apoiando em inteligência artificial, definitivamente vai continuar sendo uma necessidade do ser humano. Não vejo como essas funções serem extintas, não", diz. 

Foto: GettyImages
  • Trabalhos manuais

Algumas atividades manuais já contam com automação, como ferramentas, máquinas e processos em indústrias. Por ouro lado, a inteligência artificial não deverá extinguir todas as atividas braçais, ao menos não por agora.

"Tem algumas coisas que não tem muito como escapar. Quando a gente pensa, por exemplo, em atividades relacionadas à manutenção, seja preventiva, corretiva, seja trabalhos muito manuais, muito específicos, a gente provavelmente não vai ver tão cedo, como a gente vê nos filmes, os robozinhos ocupando o espaço do ser humano e entregando esse tipo de atividade. Acho pouco provável que a gente veja isso acontecendo", destaca. 

  • Saúde

Aqui, o que é levado em consideração é a relação interpessoal, a capacidade de criar laços e algum tipo de proximidade entre profissionais e pacientes. O fator humano, literalmente, é o que leva a um nível maior de confiança e aceitação do tratamento. 

Foto: GettyImages

"É óbvio que inteligência artificial ajuda muito a área médica, por exemplo. A gente tem hoje muito mais facilidade no diagnóstico de doenças, de quadros e tudo mais, mas quem é que hoje vai sentar na frente de um computador e vai falar 'Bom, tem aqui um robozinho que vai me dar o diagnóstico, vai me dizer o que eu preciso tomar'? Acho pouco provável que a gente se sinta tão confortável num cenário como esse", acrescenta. 

Sem risco, mas mantenha-se atualizado

Embora algumas áreas não sofram tanto com o avanço da inteligência artificial quanto outras, Caroline Cadorin recomenda que o profissional esteja sempre atualizado -- independentemente do setor que atue e da função que desempenhe. O momento atual exige mais aprendizados sobre a inteligência artificial, a fim de empregá-la no dia a dia e ser mais produtivo em seu cargo. 

Algumas perguntas podem ajudar a melhorar sua relação com a IA, como: "O que tem a oferecer que a inteligência artificial não oferece?"; "O que a IA traz de inovação para a sua realidade?"; "Como a IA otimiza seu tempo na sua área de atuação?". 

"Acho que esse é o grande ponto: fazer a conexão, encontrar ali uma convergência entre o que a gente precisa ter no nosso dia a dia que pode ser automatizado, melhorado, desenvolvido de uma forma diferente, quando a gente tem um emprego de inteligência artificial", finaliza.

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Fonte: Redação Terra
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