Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Mãe e filho são aprovados no mesmo curso em universidade pública no Paraná: 'Muita emoção'

Vitor Cagol, de 17 anos, realizará o sonho de cursar Engenharia Elétrica em uma instituição pública ao lado da mãe, Irene Cagol, de 51 anos

22 fev 2024 - 05h00
Compartilhar
Exibir comentários
Vitor Cagol, de 17 anos, realizará o sonho de cursar Engenharia Elétrica em uma instituição pública ao lado da mãe, Irene Cagol, de 51 anos
Vitor Cagol, de 17 anos, realizará o sonho de cursar Engenharia Elétrica em uma instituição pública ao lado da mãe, Irene Cagol, de 51 anos
Foto: Divulgação/Unioeste

Com apenas 17 anos, Vitor Gabriel Cagol realizou o sonho de ser aprovado em Engenharia Elétrica no vestibular da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), no campus Foz do Iguaçu. A conquista se tornou ainda mais satisfatória quando o jovem viu na lista de aprovados do curso outro nome: o de sua mãe, Irene Cecília Cagol, de 51 anos, que trilhará com ele essa jornada acadêmica.

Ao Terra, Vitor conta que tudo começou quando resolveu buscar por cursos relacionados à área da Robótica, focando particularmente em universidades públicas localizadas em Foz do Iguaçu. Após uma visita à feira das profissões na Unioeste, onde explorou diferentes opções de cursos, o jovem e sua mãe perceberam que o curso de Engenharia Elétrica oferecido no Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) se alinhava melhor com suas aspirações.

"O PTI é um pouco mais distante de casa. Então, por conta da distância, da minha epilepsia e outras doenças que eu tenho, minha mãe pensou em tentar vestibular junto comigo. Até foi uma surpresa para mim, porque que ela tinha comentado uma vez comigo que se ela tivesse a oportunidade, ela iria querer cursar Direito. Mas, devido as coisas que citei e por achar interessante o curso, despertou interesse nela", explicou o novo universitário. 

O jovem relembrou que tinha apenas 1 ano quando foi diagnosticado com epilepsia. Essa condição representou um obstáculo em sua trajetória educacional, já que a epilepsia impacta sua coordenação motora, tornando-o mais lento em atividades como a escrita. No entanto, superou essas dificuldades e tem realizado tratamento e acompanhamento médico ao longo dos anos, incluindo a administração de medicação que ajuda a retardar os sintomas da doença.

Vitor Cagol, de 17 anos, realizará o sonho de cursar Engenharia Elétrica em uma instituição pública ao lado da mãe, Irene Cagol, de 51 anos
Vitor Cagol, de 17 anos, realizará o sonho de cursar Engenharia Elétrica em uma instituição pública ao lado da mãe, Irene Cagol, de 51 anos
Foto: Divulgação/Unioeste

Após a mãe resolver tentar ser aprovada no curso para acompanhá-lo, Vitor, que já realizava o cursinho pré-vestibular gratuito da própria universidade desde março de 2023, fez a matrícula dela, e eles passaram a frequentá-lo juntos. "Minha mãe frequentou comigo o cursinho por três meses, enquanto eu o fiz por um período mais extenso."

Para o jovem, o sentimento de partilhar essa nova jornada acadêmica com a mãe é de muito orgulho. "Fazia muitos anos que minha mãe estava longe de uma sala de aula. Então o sentimento é de muita emoção. Porque, além de eu saber que eu fui aprovada e ela também no mesmo curso, também traz esse sentimento de que ela acabou gostando da ideia de voltar a estudar. Ela começou a achar Engenharia Elétrica interessante. Então o sentimento é que eu consegui motivá-la e ela me trouxe mais motivação também", destaca.

Já Irene expressou sua felicidade e gratidão por ver o esforço e dedicação de anos se materializarem nessa conquista compartilhada. "É um sentimento muito bom de superação. Por ele, mas também por mim, por conta da minha idade e o tempo que eu estava afastada das aulas", destaca a mãe, que iniciará ao lado do filho as aulas em julho deste ano. 

Para ela, ver o filho que trilhou seu caminho educacional na rede pública sendo aprovado em Engenharia Elétrica na Unioeste representa muita mais que uma realização pessoal. "Essa oportunidade veio através da necessidade de eu acompanhar meu filho. Mas foi muito bom e foi uma grande surpresa eu ter passado. Agora eu espero ser bem recebida pelos outros alunos, acolhida. E superar, né? Porque não é fácil. É um curso bem exigido.Mas acreditado muito que vamos conseguir concluir e se formar juntos. Eu espero que nossa história incentive muitas outras pessoas e que todos se lembrem que os desafios de ontem são o que nos movem para ir atrás hoje e vencer amanhã", finalizou Irene.

Em uma publicação feita pela Unioeste, a coordenadora do cursinho pré-vestibular da universidade, Berenice Borssoi Juraszek, afirmou que o filho e a mãe são a representação real e concreta da superação, frente a todas as dificuldades.

“Isto demonstra a importância de uma rotina de estudos, participar ativamente das aulas e da educação pública. Outro ponto que me chamou atenção nessa aprovação, o papel da mulher-mãe, ela foi o encorajamento do Vitor, sempre presente, isso é de uma grandiosidade humana. Desejo sucesso para eles, e que a história de vida deles seja exemplo para a juventude e geração adulta”, destacou a professora.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade