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Maior nível de escolaridade aumenta as chances de ter um salário melhor, afirma estudo

Relatório da OCDE aponta um abismo social no mercado de trabalho quando se tem ou não um diploma universitário

8 set 2020 - 06h10
(atualizado às 07h03)
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O relatório mais recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reforça o impacto que a educação superior pode ter na renda de uma pessoa e diz que isso pode gerar aumento do desemprego para os jovens menos qualificados. O documento foi publicado nesta terça-feira, 8, e aponta um abismo social no mercado de trabalho quando se tem ou não um diploma universitário.

"No Brasil, em 2015, pessoas de 25 a 64 anos com diploma de ensino superior com renda de emprego em tempo integral ganhavam 144% a mais do que trabalhadores em tempo integral, com apenas ensino médio concluído, em comparação com 54% em média em todos os países da OCDE", afirmou no documento, evidenciando uma enorme desigualdade social.

"Os jovens podem enfrentar barreiras para entrar no mercado de trabalho durante a transição quando saem da escola, mas um maior nível de escolaridade aumenta a probabilidade de estarem empregados e isso está associado a rendas mais altas", continua a organização.

A OCDE explica que, em média, nos países associados, a taxa de emprego em 2019 foi de 61% para pessoas de 25 a 34 anos sem ensino médio, 78% para aqueles com ensino médio completo e 85% para aqueles com o ensino superior. Os dados do Brasil são semelhantes a esses. "Ter um diploma de ensino superior também traz uma vantagem considerável de ganhos na maioria dos países da OCDE e parceiros."

O documento da organização também garante que a expansão do ensino superior é uma tendência mundial. E no caso do Brasil tem uma boa notícia. "Entre 2009 e 2019, a proporção de jovens de 25 a 34 anos com diploma de ensino superior aumentou em todos os países da OCDE e parceiros. No Brasil, a participação aumentou 10% nesse período, superior ao aumento médio dos países da OCDE (9%)."

Apesar desse crescimento brasileiro acima da média, o País ainda está bem longe em comparação com a realidade das grandes nações. "Em 2019, 21% das pessoas de 25 a 34 anos tinham diploma de ensino superior no Brasil, em comparação com 45% em média nos países da OCDE", diz o relatório.

Estadão
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