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Manifestações pela educação acabam em quebra-quebra no Rio e em SP

7 out 2013 - 22h11
(atualizado em 8/10/2013 às 17h13)
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Uma manifestação em apoio aos professores em greve das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro - e contra a truculência da polícia - acabou em quebra-quebra no centro da cidade nesta segunda-feira. Milhares de pessoas se reuniram em frente à Câmara Municipal durante o protesto que era pacífico. Contudo, uma minoria de manifestantes entrou em confronto com a polícia. Em São Paulo, um ato em apoio aos ativistas cariocas teve destino semelhante.

Bombeiros tentam conter fogo em ônibus no Rio de Janeiro:

Os professores se concentraram na Candelária, no Rio. Eles foram pela avenida Rio Branco e chegaram à Câmara Municipal. Às 18h30, a Polícia Militar estimava em 10 mil o número de pessoas no ato que foi organizado pelo Facebook e que pretendia reunir 1 milhão de pessoas.

Por volta das 20h10, manifestantes mascarados tentavam arrombar a entrada lateral da Câmara Municipal. Nesse momento, o protesto estava divido em dois: um movido pelos professores, em frente à casa legislativa. Outro, por ativistas em Black Blocs, que tentavam invadir e pichavam o prédio.

Depois disso, morteiros foram disparados e uma agência bancária foi atacada. Coquetéis molotov foram jogados contra a Câmara, o que não foi suficiente para incendiar o prédio.

Por volta das 20h45, a polícia dispersou a manifestação. Contudo, às 21h, um ônibus queimava na esquina da avenida Rio Branco com a rua Santa Luzia.

Alguns ativistas fugiram para a Lapa, o que levou a correria de pedestres, que passaram em meio a carros. Alguns veículos fizeram a volta para fugir da confusão.

Em São Paulo, a confusão começou quando manifestantes jogaram bombas contra policiais por volta das 20h20. Alguns ativistas atearam fogo em objetos e fizeram barricadas na avenida Ipiranga e na rua Barão de Itapetininga. A polícia interveio e dispersou a manifestação.

Os ativistas mascarados, contudo, usaram pedras, metais e madeira para quebrar vidraças de agências bancárias e lojas. No centro de São Paulo, próximo ao 1º Distrito Policial, uma viatura foi virada por manifestantes. 

Motorista: manifestantes disseram que ônibus ia virar "estatística"

O condutor do ônibus incendiado por manifestantes no Rio conta que o veículo estava sem passageiros, apenas com ele e o cobrador, já que retornava à garagem. "Estava trafegando normalmente pela avenida Rio Branco, quando veio um rapaz mascarado na janela e mandou todo mundo descer. Eu recolhi meus pertences e desci rapidamente. Ele disse que o ônibus iria virar estatística", diz Herique Santos Souza.

O condutor disse que se refugiou em um estacionamento subterrâneo próximo. "Obviamente a gente sente um pouco de receio nossas horas, de que eles iriam fazer alguma coisa comigo. Mas não fizeram nada e disseram que até queriam me proteger. Mas virei as costas e fui embora."

O incêndio foi controlado pelos Bombeiros.

Plano de carreira motiva protestos

Enviado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara de Vereadores no dia 17 de setembro e aprovado no dia 1º de outubro o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações prevê mudanças na remuneração e nos cargos dos professores, o que provocou uma série de protestos. Veja as principais polêmicas em torno das propostas.

Proposta da prefeitura do Rio O que diz o sindicato dos professores
Reajuste de 8% para professores em 2013, além dos 6,75% já concedidos este ano; A categoria diz que o reajuste não é suficiente e que as propostas beneficiam menos de 10% dos professores;
Equiparação do valor recebido por hora de aula para os professores de nível I (6º ao 9º ano do ensino fundamental) e II (1º ao 5º ano), incluindo os inativos. Hoje um professor do nível I ganha mais que o do nível II. A equiparação proposta será feita ao longo de cinco anos; O Sepe diz que a equiparação dos professores de nível I e II acaba extinguindo essas carreiras e cria a função de um professor polivalente para o ensino fundamental (que dará aula para todas as matérias);
Os professores com carga horária menor, ou com diferentes matrículas, poderão optar por uma jornada de 40 horas semanais. Segundo a prefeitura, mesmo com a migração será possível manter outra matrícula na rede; O sindicato sustenta que o professor terá de se demitir de uma das matrículas para assumir a jornada de 40 horas e que quem não migrar para o novo modelo terá seus benefícios reduzidos;
O objetivo da jornada de 40 horas, segundo a prefeitura, é ampliar é aumentar o número de escolas de tempo integral, que vão oferecer um total de nove horas de aula por dia; A categoria argumenta que o horário integral não está sendo ampliado e que as escolas não tem estrutura para receber os alunos o dia inteiro;
A prefeitura diz que discutiu o plano em diversas reuniões com a categoria antes da aprovação pelos vereadores e que não vai desistir das mudanças. O Sepe quer que a prefeitura revogue o plano e discuta outra proposta.
 

Colaborou com esta notícia o internauta José Carlos Pereira de Carvalho, do Rio de Janeiro (RJ), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Terra
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