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MEC estuda punição a aluno que tiver nota baixa no Enade

Quem faz a prova e acerta 10% das questões não deveria se formar, afirma ministro Abraham Weintraub; ideia é também criar mecanismos positivos, como divulgar faixa de acerto para beneficiar quem vai bem

4 out 2019 - 12h38
(atualizado às 12h50)
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O Ministério da Educação quer criar mecanismos para que seja possível punir o aluno que tem um desempenho muito abaixo da média no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A proposta foi apresentada nesta sexta-feira, 4, pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

"O aluno faz a prova como se não houvesse amanhã", disse, ao comentar os resultados do Enade para os cursos de bacharelado das áreas de Ciência Sociais, Ciências Humanas e os tecnólogos de Gestão e Negócios, Produção Cultural e Design. Ele atribuiu parte do baixo desempenho à falta de incentivo dos alunos para a realização das provas.

"Uma pessoa que faz a prova e acerta 10% das questões não deveria se formar", afirmou.

Abraham Weintraub, ministro da Educação.
Abraham Weintraub, ministro da Educação.
Foto: Renato Costa / Frame Photo / Estadão Conteúdo

A participação no exame é obrigatória, sob pena do atraso na colação de grau. O desempenho, contudo, não traz atualmente vantagens ou desvantagens para o aluno. Diante desse cenário, avalia, parte dos alunos acabam entregando a prova em branco. Ele observou que resultados abaixo do porcentual de acerto com resposta aleatórias.

A ideia é também criar mecanismos positivos. E esse seria o primeiro passo da estratégia.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Alexandre Lopes, afirmou que a ideia é incluir, no próximo edital, uma regra que permita a divulgação da faixa de nota do estudante que participou do exame. Isso seria feito, por exemplo, para aqueles que tivessem um nível de acerto entre 60% e 80% e na outra faixa, para aqueles que tivessem um acerto acima de 80%. Tal mecanismo, na avaliação de Weintraub, poderia ser usado como incentivo, sobretudo no momento em que o estudante for procurar uma colocação no mercado de trabalho.

"Nada será feito a fórceps", disse Weintraub, ao apresentar as propostas. A ideia é que mudanças nas regras de avaliação sejam discutidas com especialistas. Parte delas, de acordo com Lopes, poderão ter aplicação imediata. Outras, necessitarão de portaria ou de mudança na lei. Lopes afirmou que a ideia é apresentar um conjunto de sugestões para melhorar as avaliações preparadas pelo Inep até o fim deste ano.

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Bastidores da reportagem:
Estadão
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