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Mesada precisa ter um papel educacional, diz especialista

29 set 2015 - 08h16
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Mesmo já tradicional, a mesada é um assunto tabu entre os pais que dão dinheiro aos filhos. Uns preferem dar um valor fixo aos filhos para que eles aprendem a saber usar o dinheiro, outros optam por oferecer um "prêmio" pelo rendimento das crianças na escola. Para o educador financeiro, Reinaldo Domingos, a mesada deve ter um papel formador e educacional nos filhos.

Ensinar educação financeira desde a infância pode prevenir dívidas na adolescência
Ensinar educação financeira desde a infância pode prevenir dívidas na adolescência
Foto: Shutterstock

Autor do livro "Mesada não é só dinheiro", Domingos tenta responder aos pais qual a forma mais eficaz de dar mesada aos filhos e, ao mesmo tempo, educá-los para que se tornem cidadãos conscientes:

"A mesada não é um instrumento facilitador e nem mesmo incentivador do consumo. É possível inserir o assunto associando-o a questões como sustentabilidade, meio ambiente, consumo consciente, dentre outras de grande relevância para a formação de um cidadão pensante, crítico e autônomo para, no futuro, termos uma sociedade mais consciente e sustentável", sugere Domingos.

A educação financeira na infância pode ajudar futuros adolescentes quando estes terem seus primeiros salários. Pesquisa do Serasa Experian indica que 28,1% dos jovens entre 18 e 25 anos estão indimplentes. Para domingos, a união da escola com a família na educação financeira podem ter resultados positivos no futuro da criança:

"Em sala de aula, professores capacitados utilizam material didático e paradidático com linguagem apropriada para ensinar educação financeira, ou seja, instituindo o comportamento correto em relação à administração e o uso dos recursos financeiros. No ambiente familiar, os pais/responsáveis devem estar por dentro do que é tratado na escola e também, claro, dar o exemplo, porque as crianças se espalham neles, não havendo conflito com o que se aprende na teoria", defende o educador.

Fonte: Terra
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