'Meta é ter 100 mil jovens' e 'resolver problema da inadimplência', diz ministro da Educação sobre Fies
Em entrevista, Camilo Santana diz que pretende criar critérios mais rígidos para o acesso ao programa
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que pretende criar critérios mais rígidos de acesso ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), com objetivo de diminuir a inadimplência dos estudantes. O titular do MEC disse ainda que a meta da pasta é reduzir o número de beneficiários, que atingiu 700 mil na gestão Dilma Rousseff, para 100 mil - hoje são 144 mil estudantes inscritos no programa.
A pasta prepara uma série de reformulações e mudanças para o FIES. O novo projeto deverá ser encaminhado ao Congresso até o fim do ano. "Chegamos a ter 700 mil pessoas inscritas no Fies num ano só (em 2014). Então, precisa de uma ferramenta, de um controle maior, com critérios mais rígidos. E, é claro, com o acesso muito menor. A nossa meta é ter por ano em torno de 100 mil jovens inscritos", declarou em entrevista ao jornal O Globo.
"Vamos agora resolver o problema da inadimplência das pessoas que estão sem a menor condição de pagar e criar um novo sistema. Uma coisa é cobrar daquele que realmente não pode pagar e outra é aquele que não paga porque não quer", completou.
Sobre a Bolsa Permanência, o ministro afirmou que os beneficiários só poderão retirar os valores no fim do ano se forem aprovados. O auxílio financeiro tem por finalidade fomentar a permanência de estudantes com vulnerabilidade econômica durante a graduação.
"O aluno receberá um valor mensal, mas só poderá sacar ao final de cada ano se for aprovado. Vamos avaliar frequência e aprovação. Ele também receberá uma poupança na conta dele e poderá acompanhar o rendimento. Este valor poderá ser retirado ao final do terceiro ano, quando ele também vai ter a prioridade para acesso a microcrédito, se quiser montar seu negócio. Ou então, ter um dinheirinho para pagar a faculdade", revelou.