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Mexicana se forma em psicologia aos 13 anos: "sou normal"

"Vamos ao cinema, ao shopping e me tratam bem, como uma menina normal", diz Dafne Almazán Anaya sobre amigas da escola

4 set 2015 - 06h11
(atualizado às 11h55)
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Foto: Alex Cruz / EFE

Dafne gosta ir ao cinema com amigas, fazer tortas de frutas e ter aulas de piano, mas agora está focada no mestrado, que iniciará após ter se formado, com apenas 13 anos, em psicologia, graças a um inovador plano de aprendizagem que aproveita sua condição de superdotada sem causar traumas.

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Dafne Almazán Anaya recebeu nessa quinta-feira (3) o diploma e se transformou na graduada em psicologia mais jovem do mundo, título que arrebatou por três anos de seu irmão Andrew. Mas apesar de ser uma menina superdotada, ela gosta de reforçar que leva uma vida normal.

"Sou uma menina normal, tenho amigas fora da escola, elas vão a minha casa e fazemos coisas, mas também tenho minhas amigas na escola. Vamos ao cinema, ao shopping e me tratam bem, como uma menina normal", disse Dafne em entrevista à Agência Efe.

Ela conta sempre dizer a suas amigas "que todas as pessoas têm algum tipo de talento e que algum dia, se ainda não o encontraram, vão encontrá-lo".

Caçula de três irmãos, após Delany e Andrew, que também se formaram psicólogos aos 17 e 16 anos respectivamente, Dafne retomou suas aulas de piano, é faixa amarela de taekwondo e aperfeiçoa seu inglês enquanto aprende chinês e francês.

Seu pai, Asdrúbal Almazán, médico cirurgião, disse que Dafne nunca esteve em um sistema de educação regular. "Detectamos aos dois anos e meio que ela aprendeu, sozinha, a ler e escrever, e então começamos um trabalho de potencialização intelectual que Andrew, seu irmão, havia fundamentado", contou.

Andrew, que agora tem 20 anos, dirige há vários anos as pesquisas científicas do Centro de Atenção ao Talento (Cedat), fundado por seus pais, Asdrúbal Almazán e Dunia Anaya, para que outras crianças não passem pelo que passou. Ele foi diagnosticado com transtorno de déficit de atenção, e não recebia o tratamento adequado aos seus insolentes conhecimentos no sistema tradicional.

Foto: Alex Cruz / EFE

Dafne admitiu à Efe que conseguir o título em psicologia é um grande orgulho para ela e acrescentou que "para o México é uma oportunidade para outros países verem que temos avanços acadêmicos".

"As crianças superdotadas, que são muito competitivas, têm que ter um diagnóstico correto e a tempo, porque erroneamente costumam ser diagnosticadas com déficit de atenção, e, se não recebem estímulos adequados, perdem seu potencial", reiterou.

A adolescente respondeu positivamente ao sistema criado por seu pai e seu irmão, e seu caso é considerado excepcional por eles. "É dos primeiros casos no mundo que dão resultados; outros países tentaram ter crianças graduadas na universidade, mas não conseguiram. Com Dafne cuidamos da parte emocional, 100% com as crianças de sua idade, e ela não foi diretamente inserida em uma universidade para conviver com adultos", explicou seu pai.

A menina nem começou o mestrado em educação, com especialização em ensino-aprendizagem, no Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (ITESM) na modalidade de aulas à distância, e já pensa em doutorado. "E, dependendo da minha idade, outra carreira, porque ainda tenho muito a aprender", assinalou.

Atenta, segura e desenvolta, Dafne contou que, além da música clássica, gosta do grupo Maroon 5. A jovem psicóloga é fã de roxo, adora saias e sente especial atração pelos ursinhos de pelúcia "moles e lindos". Aos domingos, junto com sua mãe, faz comidas e doces, embora goste mesmo das tortas de frutas e do "arroz verde" que algumas vezes ela mesma prepara, com abacate e iogurte natural.

A normalidade na vida de Dafne fica evidente quando responde como festejará seu 15º aniversário, e o presente que gostaria de ganhar. "Sim, completo em outubro do ano que vem 15 anos e estou muito emocionada; eu escolheria uma viagem, mas ainda não sei para onde", afirmou, girando a cabeça em busca da aprovação de seu pai, como faz toda adolescente.

Foto: Alex Cruz / EFE
EFE   
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