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"Orçamento é sacrossanto?", diz ministro sobre universidades

Abraham Weintraub minimizou o contingenciamento em audiência na Comissão de Educação, no Senado, nesta terça-feira

7 mai 2019 - 14h29
(atualizado às 14h40)
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Abraham Weintraub
Abraham Weintraub
Foto: Dida Sampaio / Estadão

Após bloquear 30% dos recursos das universidades federais do País, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, minimizou o tamanho do contingenciamento em audiência na Comissão de Educação, no Senado, nesta terça-feira, 7. "É sacrossanto o orçamento? Não podem economizar nem uma migalha?", disse ao ser questionado sobre a dificuldade relatada pelos reitores em manter as instituições após a redução de recursos.

"A universidade federal hoje no País custa R$ 1 bilhão. Não dá para buscar nada [para cortar]? Todo mundo no País está apertando o cinto", completou Weintraub. Ele esteve no Senado para apresentar as diretrizes e programas prioritários para a pasta. Ele reforçou mais uma vez que o foco de sua gestão será a educação básica, da educação infantil ao ensino médio.

Ele negou por diversas vezes que haja corte de recursos para as universidades federais e disse que houve um contingenciamento. "Se a economia tiver crescimento, com a aprovação da Reforma da Previdência, se descontingencia o recurso. Não há corte, a economia impôs o contingenciamento diante da arrecadação mais fraca e nós obedecemos", disse.

Ele ainda propôs aos reitores que marquem reuniões com o Ministério da Educação para discutir a nova situação financeira das universidades federais. Ele chegou a comparar a situação do contingenciamento com a situação de empresas privadas. "30% é sobre uma parte pequena do volume total de despesa. O dono de uma empresa às vezes tem que fazer corte de 20% e sobrevive", disse.

Questionado sobre o contingenciamento de recursos também para a educação básica, o ministro apenas afirmou que o bloqueio não é permanente e pode ser revertido com a melhora da economia. Também questionado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede) sobre o bloqueio de verbas para a construção de creches, que minutos antes havia sido elencado por Weintraub como prioridade, o ministro não respondeu. "Quantas creches o governo Dilma [Rousseff] cortou", se limitou a dizer.

Estadão
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