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Não queremos polícia que mata mais que guerra, diz aluna da Unicamp

Estudantes ocuparam a reitoria da Unicamp na última quinta-feira e cobram a saída da Polícia Militar do campus

7 out 2013 - 18h42
(atualizado às 18h42)
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Mariana Toledo, diretora do DCE da Unicamp, comparou as mortes provocadas pela PM à guerra do Iraque
Mariana Toledo, diretora do DCE da Unicamp, comparou as mortes provocadas pela PM à guerra do Iraque
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra

Os estudantes da Universidade de Campinas (Unicamp) não querem a Polícia Militar dentro do campus da instituição por considerar que o próprio trabalho da PM é violento. Esse é o consenso dos alunos que participaram de assembleia na tarde desta segunda-feira, após votar pela continuidade da ocupação da reitoria, iniciada na última quinta-feira.

"A Policia Militar matou mais que a Guerra do Iraque", afirmou a estudante de letras e diretora do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Mariana Toledo. Depois de terminada a reunião em uma praça ao lado reitoria, ela falou com jornalistas e disse que os alunos da universidade não consideram viável a entrada de uma polícia responsáveis por mais mortes do que em guerrar.

De acordo com Mariana, o batalhão militar é truculento e irá acirrar ainda mais a violência.  A diretora do DCE argumentou que o ideal seria a implementação de uma guarda preventiva dentro da universidade, com seguranças concursados e um serviço, por exemplo, de escolta noturna.

"Não somos contra a polícia, e sim do sistema da Polícia Militar, veja os fatos contra os professores, nas favelas contra pobres e negros, contra manifestações de direito nas ruas", falou. "Esses dias vimos aqui na universidade carros com policiais levando cães ferozes e arma pesada como fuzil", emendou.

A estudante falou também que a ocupação da reitoria é legítima e veio reforçar a ideia de que a universidade pertence a todos. Quanto à decisão judicial de reintegração de posse, ela acredita que é histórico o fato de as instituições lançarem mão "desta alternativa sumariamente violenta a ser cumprida pela Polícia Militar".

"Nós vamos entregar a reitoria limpa, sem pichações, sem depredações", pontificou.  Para tanto, Mariana diz que além da exclusão do projeto da entrada da Policia Militar, os estudantes querem que não haja punições contra os manifestantes e aos organizadores da festa que resultou na morte do aluno Dimas Casagrande, 21 anos. "Não é preciso proceder de sindicâncias. A própria família do estudante já afirmou que não há necessidade, pois entende que houve uma fatalidade", falou.

 A Unicamp já havia anunciado em nota na semana passada que pretende entrar em acordo com os estudantes para a desocupação pacifica da Reitoria. A instituição sustenta que a entrada da Polícia Militar é uma prerrogativa de maior segurança dentro do campus.

Fonte: Terra
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