"Nem trabalha, nem estuda": Geração Z tem menor quantidade de "nem-nems" desde 2012
Na década de 1980, o Reino Unido popularizou o termo Neet, sigla para "Not in Education, Employment or Training" (em tradução literal, "Não está na educação, no emprego ou em treinamento"). Esse conceito passou a ser utilizado para identificar jovens que não estão envolvidos em nenhuma atividade profissional ou educacional.
Com o tempo, o termo se expandiu por toda a União Europeia, trazendo à tona as vulnerabilidades dessa parcela da população.
No Brasil, essa mesma ideia deu origem ao termo "nem-nem", usado para se referir a quem "nem estuda, nem trabalha". Diferente da abordagem europeia, no entanto, a palavra é frequentemente usada de forma pejorativa, apontando aqueles que não ingressam no mercado de trabalho.
Enquanto outros países implementaram políticas para reverter esse cenário, o problema segue afetando a Geração Z, tornando-se um desafio global.
O impacto dos "Nem-nem" na Geração Z
De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma em cada cinco pessoas da Geração Z pertence ao grupo dos Nem-nem. O estudo revelou que 289 milhões de jovens em todo o mundo se encontram nessa situação.
Em 2005, 24,3% dos jovens não estudavam nem trabalhavam. Apesar de uma leve redução nos anos seguintes, o percentual voltou a crescer em 2012, chegando a 24,9% em 2020. No Brasil, a quantidade de jovens que não trabalhavam nem estudavam começou a ser acompanhada em 2012, e já na primeira pesquisa eram 21,8% dos jovens entre 15 e 29 anos de todo o país. Na ...
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