No 1º dia da UFRGS, alunos consideram inglês como mais difícil
O primeiro dia de provas do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ocorreu sem atrasados ou grandes incidentes, na manhã deste domingo, em Porto Alegre, segundo informou a instituição. No colégio Rosário, na região central da cidade, minutos após o início da prova, apenas uma aluna deixou o local se sentindo mal e foi levada pela mãe. Para os vestibulandos, as provas de física e inglês foram consideradas as mais complicadas.
“Vim de escola pública, vim mais para ver como é fazer um vestibular da UFRGS. Pelo que eu vi no Enem, a prova de inglês da UFRGS estava bem mais difícil. Vi que para o ano que vem vou ter que estudar bastante”, disse Carolina Krieger, 16 anos, a primeira a deixar o local da prova.
Para Felipe Sisin, 17 anos, a prova de física tinha a dificuldade esperada, mas a de inglês exigia um conhecimento mais aprofundado. “Quem veio com aquele inglês básico teve dificuldade”, disse.
Mas o sentimento geral dos alunos é de que a prova teve a dificuldade esperada, como afirma Amanda Veit, 17 anos, que prestou vestibular pela primeira vez. “Achei a prova bem tranquila, fácil, quem leu os livros obrigatórios se deu bem, inglês foi tranquilo e física também, apesar de eu ter um pouco mais de dificuldade”, disse, ao justificar o bom desempenho às aulas no cursinho.
Filas
O medo de se atrasar e ficar de fora logo no primeiro dia da seleção fez com que a fila se alongasse pelo quarteirão, a uma hora do início das provas. Caroline Midori, 20 anos, acordou 5h40 para chegar a tempo ao local, já que mora em uma cidade da região metropolitana. Ela disse que esperava “o mesmo tipo de prova padrão aplicada pela UFRGS”. Mas se dizia tranquila, pois para o curso de Medicina, as disciplinas deste domingo (física, literatura e língua estrangeira) tinham um peso menor.
Já Francieli Suderle, 16 anos, disse que estava fazendo a prova para testar seus conhecimentos, apesar de não ter conseguido nota suficiente para entrar no curso por meio do Enem. “É mais como um teste para ver como me saio, porque não consegui vaga pelo Enem, já que minha nota foi de 530”.
Como se dedicou mais no exame nacional, ela afirmou que não ficou “horas estudando”, mas considera o vestibular como uma forma mais justa de seleção para a universidade. “Avalia melhor o compromisso de cada um com o estudo. O Enem depende das escolas e de um monte de coisa que muda a nota média”, disse.
Distância
Alguns vestibulandos vieram de longe para fazer a prova. É o caso de Adler Araujo Melo, 18 anos, que veio de Fortaleza para fazer o vestibular em Porto Alegre. Segundo seu pai, o engenheiro de petróleo Izidório Ribeiro Melo, seu filho prestou vestibular ainda na USP e Unesp, em busca de uma vaga nos melhores cursos de medicina do País.
“Ele sempre foi muito aplicado e está querendo uma vaga nos melhores cursos do País. A mãe faz uma pressão para que ele fique na federal do Ceará, mas acho que se passar na USP, deve ir para lá”, afirma o orgulhoso pai, ao relatar que a viagem à capital gaúcha, foi a quinta do filho para prestar vestibular.