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Nobel de economia afirma que Brasil deve apostar em matemática e estatísticas no ensino médio

David Card diz que IA pode ajudar na questão educacional

25 fev 2024 - 16h48
(atualizado às 18h08)
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David Card, um dos três vencedores do Nobel de Economia de 2021
David Card, um dos três vencedores do Nobel de Economia de 2021
Foto: Berkeley/ Divulgação (via Reuters) / Estadão

David Card, vencedor do Nobel da Economia em 2021, afirma que o Brasil deveria focar em matemática e estatística no Ensino Médio, em uma entrevista sobre como a inteligência artificial pode impactar nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O tema foi abordada com o jornalista Caio Reis, da Folha de S. Paulo

Card é professor de economia da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, e relatou que ainda é difícil saber qual o efeito a IA poderá acarretar, pois a tecnologia ainda seria como “uma criança de cinco anos extremamente brilhante", que se limita a fazer imitações complexas.

“Ela pode reproduzir e fazer frases e parágrafos completos. Mas o que ela está fazendo é essencialmente criar cópias complicadas. Então, se tudo o que você exigir dela é reter e reafirmar fatos de outras maneiras, ela é muito boa”, explica. 

Segundo ele, em nosso País, a aposta no desenvolvimento do ensino de matemática e estatística para os adolescentes que estão no Ensino Médio, quase rumando para a faculdade, e a IA pode ajudar nesse processo. 

“É possível que auxilie no ensino, no desenvolvimento de habilidades matemáticas. Há muitas pesquisas sobre isso agora. Uma máquina com IA pode interagir com outro computador e exibir um diagrama tridimensional, para que você possa ver como ele funciona e interpretá-lo. Presumo que assim a IA será útil na educação”, aponta. 

Ao ser questionado se concorda que a IA ameaça muitas carreiras, o professor explica que é possível, mas ainda há o que ser compreendido. Segundo ele, os avanços podem implicar numa menor necessidade de profissionais de algumas áreas. Como exemplo, ele cita programadores e analistas, além de artistas. “Acho um pouco incerto dizer exatamente onde esses efeitos serão sentidos”, reafirma. 

Fonte: Redação Terra
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