Nome de faculdade conta? Profissionais de RH abrem o jogo
Especialistas de grandes empresas compartilham as exigências do mercado atual
Fundação Dom Cabral, USP, FGV, ESPM, PUC, FAAP. Estas siglas e nomes dizem muita coisa para você? No mercado, são reconhecidas como instituições de peso. Mas até que ponto este nome pode nortear o destino de um candidato? Conversamos com especialistas em Recursos Humanos de grandes empresas, que compartilharam algumas das exigências do mercado atual. Confira.
Siga Terra Educação no Twitter
Siga Terra Notícias no Twitter
- 1Busque outras atividades que complementem o currículo
- 2Não se intimide em participar de processos seletivos
- 3Participe de ações voluntárias vinculadas à universidade ou trabalhe em ‘empresas juniors’
Joana Rudiger conta que, na Unilever, a busca da empresa é por candidatos que tenham paixão e que possam trazer uma visão diferente. “Estas pessoas podem estar em qualquer escola ou faculdade, portanto, o nome da faculdade não é um ponto crucial na hora de avaliar um currículo. Muitas vezes a experiência profissional substitui a credencial que uma faculdade de renome pode imprimir”, analisa.
A especialista destaca também a importância de se investir nos próprios talentos. “Desenvolver suas habilidades para que elas sejam um diferencial é também uma forma de ser percebido como um talento em potencial para muitas empresas”, pontua.
- 1Valorize a fluência em outros idiomas, especialmente o inglês
- 2Vá além do estudo e invista em sua formação, realizando atividades extracurriculares que complementem as suas experiências
Para Roberta Dutra, “conquistar uma vaga depende mais da dedicação e do objetivo de cada um do que da instituição de ensino em que foi concluída a graduação”.
A profissional reconhece que as universidades de prestígio têm uma grande contribuição na formação técnica dos profissionais, mas afirma que na White Martins o que é levado em conta é a soma do conhecimento técnico com as habilidades comportamentais.
- 1Seja eclético, ético, disponível, motivado e interessado
- 2Invista em formações adicionais, como pós-graduação, MBAs, cursos de formação e outros
- 3Entenda mais, pesquise mais, questione mais, cobre mais dos seus professores. “Quem se faz é o aluno”
Samuel Lopes discorda das demais fontes ouvidas e diz que sim, o nome da instituição pesa muito no currículo. “USP, FGV, ESPM, PUC, FAAP, Fundação Dom Cabral são sempre nomes de instituições que saltam aos olhos e que criam altas expectativas quando das entrevistas com os candidatos.”
No entanto, ele reforça que a instituição não é o único ponto a ser avaliado em um currículo e jamais garante uma vaga ou o crescimento em uma organização. “O profissional nunca pode parar de querer adquirir conhecimento. Educação é investimento”, crava.
- 1Esteja conectado com tendências e práticas atuais
- 2Mantenha uma boa rede de relacionamento com pessoas de outras universidades e cursos
- 3Busque atividades extracurriculares dentro e fora da faculdade
Cátia afirma que, na Souza Cruz, não é feito um filtro por faculdade. “Buscamos jovens com capacidade de desenvolvimento e crescimento em um ambiente desafiador”, afirma. Além da fluência em inglês, a companhia também valoriza competências alinhadas à cultura da empresa, “como aprender rápido e ser ágil, ter resiliência e ser motivado por desafios”.