Os seis erros do Enem e do Sisu de 2019
Exame Nacional do Ensino Médio aplicado em outubro do ano passado foi classificado pelo ministro da Educação como 'o melhor da história'
Apesar de ter sido classificado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, como "o melhor Enem da história", a última edição da prova foi marcada por uma série de falhas desde a sua aplicação. Com a divulgação dos resultados do exame, diversos problemas foram evidenciados e questionados pela Justiça.
Confira os seis erros do Enem e do Sisu 2019:
Vazamento
No primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no dia 3 de novembro de 2019, houve o vazamento da proposta de redação poucos minutos após o início da prova. O ministério confirmou que a foto tirada era real, mas assegurou que o vazamento não prejudicou o andamento do exame.
Falha na correção
Logo que foi divulgado o resultado individual dos candidatos no Enem, candidatos suspeitaram que suas notas estavam incorretas. Alertado pelos estudantes, o ministério confirmou a falha no dia seguinte. Dois dias depois, a pasta informou que o erro na correção ocorreu na gráfica e afetou 5.974 candidatos, que tiveram as provas corrigidas com gabarito de cor diferente da que fizeram.
Instabilidade
Após a recorreção das provas, o MEC decidiu abrir as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Os estudantes relataram uma série de dificuldades para acessar o sistema por causa de instabilidades e lentidão no portal.
Vazamento da lista
Barrada pela Justiça Federal em São Paulo, a divulgação da lista de aprovados do Sisu vazou nas redes sociais na manhã de terça-feira, 28. O MEC confirmou o vazamento, mas disse que não se tratava do "resultado oficial". O ministério não informou o que provocou o problema e se apurava responsabilidade do vazamento.
Lista de espera
Após uma decisão judicial favorável ao governo, a lista de aprovados do Sisu foi divulgada na noite de terça-feira, 28. Horas depois, os candidatos relatavam ter encontrado falhas para acessar a lista de espera. Eles disseram ter sido inscritos em uma segunda opção de curso diferente da que escolheram.
Deficientes
O Ministério Público Federal (MPF) diz ter encontrado indícios de falha na oferta de vagas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) destinadas a candidatos com deficiência física. A Procuradoria diz ter encontrado "número expressivo de cursos em todo o País que tiveram vagas reservadas em número inferior ao percentual de sua população com deficiência, como determina a lei, ou que não tiveram nenhuma vaga reservada". O Ministério da Educação (MEC) tem um prazo de cinco dias úteis para explicar como calculou as cotas e se houve algum erro.