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Pais pressionam escola em SP após prática antissemita contra estudante judeu

Agressores teriam desenhado suástica, símbolo usado pelo movimento nazista, no caderno de um aluno; eles foram suspensos pela direção

12 mar 2024 - 11h41
(atualizado às 13h08)
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Foto: Reprodução: Redes Sociais

Após suspender seis estudantes do 9º ano do ensino fundamental por suspeita de praticarem antissemitismo contra um aluno judeu, a direção da escola Beacon School, localizada na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, está sendo pressionada por pais a adotar medidas mais incisivas em relação ao caso.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, na semana passada, a escola suspendeu seis alunos de 15 anos por ofenderem um colega de turma que pertence a uma família judaica. Esses estudantes teriam desenhado suásticas nos cadernos do menino e também fizeram a saudação nazista quando ele entrava em sala de aula, durante pelo menos duas semanas. Além disso, eles teriam reproduzido o hino da Juventude Hitlerista, um grupo de jovens associado ao partido de Adolf Hitler na Alemanha.

Procurada pelo Terra, a instituição de ensino confirmou o episódio de antissemitismo e enviou uma nota de posicionamento, em que diz ter afastado os alunos agressores e ter acolhido a família afetada.

A direção da escola disse que "tão logo tomou conhecimento sobre o episódio de antissemitismo" adotou imediatamente uma série de medidas, incluindo o "afastamento dos alunos agressores e acolhimento à família afetada". Também abriu uma sindicância multidisciplinar para apurar o caso.

"A Beacon School registra que repudia veementemente toda e qualquer manifestação de ódio e destaca a sua firme posição contra qualquer forma de discriminação, tanto dentro, quanto fora do ambiente escolar, seja ela relacionada à nacionalidade, etnia, religião, raça, gênero ou quaisquer outros aspectos", declara o colégio, em nota.

"Os alunos envolvidos estão afastados e a Beacon iniciou uma sindicância interna a fim de investigar cuidadosamente os fatos, seja para aplicação de sanções no caso concreto, seja para reforçar e prevenir qualquer episódio futuro de natureza discriminatória", afirma a escola.

Após o caso se tornar público, um grupo de pais se mobilizou para exigir que a escola adote medidas mais rigorosas para prevenir novos casos de antissemitismo, bem como outras formas de discriminação.

"Nossa escola precisa adotar uma postura mais forte contra qualquer tipo de discriminação e bullying. O caso recente de antissemitismo não se trata apenas de uma brincadeira de criança que deu errado, mas de um problema profundamente arraigado que afeta a segurança e o bem-estar dos nossos estudantes", diz uma carta aberta dos pais, que já tem mais de 350 assinaturas.

Fonte: Redação Terra
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