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Presidente do Inep diz que Enem precisa ser ajustado: 'Não pode ser congelado'

Manuel Palácios disse que é preciso ajustar exame às necessidades dessa etapa; secretários cobram transparência sobre adaptação da prova

31 ago 2023 - 16h57
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Manuel Palácios assumiu a presidência do Inep em janeiro de 2023
Manuel Palácios assumiu a presidência do Inep em janeiro de 2023
Foto: Stefânia Sangi/UFJF

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), disse que é preciso ajustar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nesta quarta-feira, 31, durante evento da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave) em Campinas.  

“O Enem não pode ser um instrumento congelado”, afirmou. De acordo com informações do Estadão, um projeto de lei com mudanças do novo ensino médio deve ser apresentado nos próximos dias pelo governo federal. Porém, o exame não foi incluído no debate. 

Mesmo defendendo mudanças na prova, Palacios afirmou durante o evento que o "timing" para o Enem de 2024 "já estava vencido". O presidente disse que seriam necessários cerca de dois anos de planejamento, diante da importância da previsibilidade para os alunos, pois os candidatos precisam saber com antecedência 'o que vai cair na prova' para se preparem. 

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Ainda, segundo Palacios, são necessárias mudanças na forma como as questões são apresentadas, como a inclusão de textos mais longos, que fossem abordados em diversas questões, como já fazem várias avaliações internacionais. 

"Você vai mostrar que tudo o que o aluno aprendeu em todas as áreas, Matemática, Ciências, se traduza na compreensão de textos mais complexos", diz.

No entanto, no mesmo evento, secretários de educação discordaram em relação ao "timing" e cobraram mudanças na prova. "É um erro discutir o ensino médio sem discutir o Enem", protestou o atual secretário de educação do Pará, Rossieli Soares, também ex-secretário de São Paulo e ex-ministro da Educação. 

Para o presidente do conselho de secretários (Consed) e titular da pasta em Espírito Santo, Vitor de Angelo, o exame precisa refletir o resultado das discussões que vêm sendo feitas no MEC para o novo ensino médio. "É preciso calibrar as expectativas dos estudantes sobre quando o Enem vai mudar. Isso não pode ficar em aberto", disse. (*Com informações do Estadão)

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Fonte: Redação Terra
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