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Pressão excessiva para entrar na faculdade pode causar transtornos

Pesada carga de estudos, medo de não conseguir passar no vestibular e indecisão sobre a carreira podem levar a problemas de saúde; papel de pais e professores é importante para diminuir cobranças

7 out 2019 - 16h11
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SÃO PAULO - A rotina de estudos, o medo de não conseguir a vaga desejada e a incerteza na escolha da profissão são fatores que, se não forem controlados pelos estudantes que vão prestar vestibular, podem provocar transtornos e até doenças. O sorriso na foto não mostra, mas Izabella Nascimento, de 19 anos, é uma das muitas estudantes que hoje passam por essa fase cheia de pressões.

Com o objetivo de entrar em Medicina, Izabella dedica a maior parte do dia para estudar e fazer simulados do cursinho, que, segundo ela, é bem exigente com os alunos. "Há pouco tempo comecei a desenvolver ansiedade. Passava noites inteiras sem dormir pensando que minha vida profissional depende de quatro ou cinco horas de prova. Estudo muito, mas e se eu não passar? Se me der um branco na hora?"

Apesar da cobrança exterior, Izabella afirma que a pressão maior, muitas vezes, não vem nem do cursinho nem da família. "Eu me cobro demais. A minha família me apoia, eu me dedico no cursinho, mas sempre acho que não estou fazendo o suficiente", conta. "Passava noites inteiras sem dormir pensando que minha vida profissional depende de quatro ou cinco horas de prova. Estudo muito, mas e se eu não passar?"

Para tentar mudar esse comportamento, Izabella buscou ajuda médica. Em vez de usar medicamentos, procurou um tratamento com florais. Essas essências funcionam como terapia complementar contra doenças e desequilíbrios emocionais e podem ser usadas com a recomendação de um profissional de Saúde.

Para quem tem dificuldade em equilibrar a preparação para as provas com suas necessidades físicas e mentais, a orientação é buscar a ajuda de um profissional, como psicólogo ou psiquiatra "É muito importante tentar se organizar com a rotina de estudos, não deixar muitas coisas acumuladas, fazer atividades físicas, cuidar do sono e da alimentação", recomenda Fernanda Marques Saraiva, psiquiatra especializada em infância e adolescência. Outro recurso importante para evitar problemas pode ser conversar: "ter um bom diálogo com os pais, saber expor suas angústias e dificuldades, ou procurar um psicólogo ou outro profissional se necessário", diz Fernanda.

A médica conta que, nos últimos anos, tem atendido mais adolescentes com ansiedade, síndrome do pânico e depressão. "A falta de sono, que dá origem a outras desordens e ao estresse, acaba levando a todas essas doenças", explica. "O jovem hoje tem muito desse imediatismo, de querer tudo para ontem, e não é bem assim. Ele tem de pensar que não é porque da primeira vez deu errado que vai ser assim para sempre."

Diante disso, o incentivo de pais e professores pode ajudar muito. Segundo a médica, é importante que a família converse com o jovem para tirar o excesso de cobrança e para criar uma rotina equilibrada de estudos. Já os professores podem ajudar com orientação vocacional e fazendo com que os alunos entendam que o processo precisa ser levado do modo mais leve possível. "É importante criar um espaço no qual o estudante possa se expressar, falar de suas angústias e dificuldades", diz Fernanda.

Coach ajuda vestibulando a ter mais clareza na escolha

Direito, Enfermagem, Publicidade, Arquitetura… São tantas as possibilidades de curso e de universidades que é difícil fazer uma escolha profissional definitiva de primeira. Muitos jovens enfrentam essa indecisão e alguns precisam de uma ajudinha extra, que vai além da orientação dada pelos professores na escola ou no cursinho pré-vestibular.

"Hoje você pode economizar tempo, economizar recursos, e chegar de uma forma mais rápida aonde você quer", afirma Renata Arrepia, professora da Sociedade Brasileira de Coaching (SBC) e coach de carreira para jovens e adultos. "Por que o coaching funciona tanto em termos de carreira? Porque ele te traz clareza. Clareza de quem você é, do lugar para onde quer ir, das suas forças, do que você gosta de fazer e como isso tudo se encaixa em uma carreira."

Para um direcionamento mais objetivo, Renata recomenda que o aluno busque o autoconhecimento. Compreender gostos, habilidades e interesses é fundamental para uma boa escolha de carreira.

Estadão
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