Professor que questiona causa humana na mudança climática será demitido da USP por faltas
Segundo a universidade, Ricardo Felício se recusa a ministrar aulas desde o início da pandemia, mesmo em formato virtual
Após um longo período sem comparecer à universidade, Ricardo Augusto Felício, professor do curso de geografia da Universidade do Estado de São Paulo (USP), será demitido da universidade por faltas injustificadas.
Segundo a universidade, Ricardo se recusa a ministrar aulas desde o início da pandemia, mesmo em formato virtual. O contrato de trabalho do professor na universidade estabelecia uma carga horária de 12 horas semanais e seu salário era de R$ 2.814 mensais.
Em entrevista ao Terra, a assessoria de imprensa da universidade informou que a decisão foi apresentada na 411ª Sessão Ordinária da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - FFLCH/USP, ocorrida em 30 de março de 2023. Na ocasião, o diretor, Prof. Dr. Paulo Martins, apresentou para ciência e aceite a decisão da Procuradoria Geral sobre a demissão do Professor Ricardo Augusto Felício. Após ciência, os professores votaram unanimemente pela demissão.
Até o presente momento, Felício não se pronunciou sobre o caso. Em seus perfis nas redes sociais, ele continua ativo.
Procurado pela reportagem, Ricardo não retornou às mensagens por e-mail até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
Polêmico
Além das críticas à crise sanitária da pandemia de Covid — a qual se referiu em diversas ocasiões como “fraudemia”, Felício também ficou conhecido mundialmente pela crítica a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012 após dizer que o aquecimento global era "história para boi dormir".