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Professores da rede municipal de São Paulo anunciam greve após negociação frustrada com prefeitura

A categoria está em greve desde a última sexta-feira, 8; a prefeitura registrou falta de atendimento em 3,4% das unidades de ensino

14 mar 2024 - 17h52
(atualizado às 18h22)
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Resumo
Os professores da rede municipal de ensino de São Paulo anunciaram o prolongamento da greve com reivindicações de valorização salarial, fim do confisco previdenciário e melhorias nas condições de trabalho nas escolas. A prefeitura ofereceu proposta considerada insuficiente pelos profissionais.
Os professores da rede municipal de São Paulo estão realizando manifestações desde o dia 8 de março
Os professores da rede municipal de São Paulo estão realizando manifestações desde o dia 8 de março
Foto: Divulgação/Sinpeem

Os professores da rede municipal de ensino de São Paulo anunciaram, nesta quinta-feira, 14, que darão continuidade à greve iniciada na última sexta-feira, 8. A Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc), formada por três sindicatos da categoria, se opõe à transformação de salários em subsídios, pede valorização salarial, fim do confisco previdenciário e melhoria das condições de trabalho nas escolas.

Em assembleia, a categoria considerou como "insuficiente" a proposta feita pela prefeitura, por meio das secretarias municipais de Gestão e de Educação:

  • 2,16% de reajuste;
  • 3,62% sobre os valores dos pisos dos docentes, gestores e Quadro de Apoio;
  • 2,16% aplicados aos valores do vale-alimentação e do auxílio-refeição;
  • ⁠pagamento da segunda parcela do Prêmio de Desempenho Educacional (PDE) de 2023 em março;
  • ⁠analisar as reivindicações sobre condições de trabalho, saúde e segurança nas escolas.

Já a categoria pede que 39% do valor pago como abono complementar ao piso seja incorporado ao salário dos professores. Além disso, os sindicatos pedem a diminuição do número de alunos por turmas nas salas, que estariam, segundo eles, super lotadas.

"O índice de reajuste para valorização dos pisos está muito aquém do reivindicado e até mesmo menor do que a inflação dos últimos 12 meses. O governo também nada responde sobre o confisco previdenciário, redução de jornada para o Quadro de Apoio e sobre medidas efetivas que revertam a situação das escolas, que tem provocado o adoecimento dos seus profissionais", diz a Coeduc em comunicado à população.

Procurada, a Prefeitura de São Paulo considerou a greve como parte de "uma agenda político-partidária". Segundo a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), o reajuste de 2,16% considera a inflação medida pelo índice IPC-Fipe, para período maio/23 a fevereiro/24, e inclui também o vale-alimentação e o auxílio-refeição.

"Desde 2021, a atual administração tem realizado reestruturações nas carreiras, reajustes nos padrões de vencimentos e revisão de gratificações de produtividade, com o objetivo de diminuir as desigualdades das remunerações entre as diferentes carreiras municipais, estimulando atratividade e retendo a evasão. Um investimento de mais de R$ 5 bilhões a favor dos servidores", diz.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), na quarta-feira, 13, foi registrado que não houve atendimento em 3,4% das unidades de ensino da rede. A pasta afirma que as ausências não justificadas serão descontadas, por não haver autorização para suspensão das atividades, e que outros professores serão providenciados para atendimento aos estudantes.

A Coeduc prevê a realização de uma nova assembleia geral na próxima terça-feira, 19. Além disso, ocorrerá uma manifestação no mesmo dia, com caminhada da sede da prefeitura até a Câmara Municipal.

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Fonte: Redação Terra
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