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Professores de SP fazem “greve dos aplicativos” em protesto contra uso de plataformas digitais

Greve dos aplicativos consiste em não utilizar as plataformas digitais impostas pela Seduc, inclusive nas atividades pedagógicas

15 mai 2024 - 15h06
(atualizado às 19h06)
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Professores de SP fazem “greve dos aplicativos” em protesto contra uso de plataformas digitais
Professores de SP fazem “greve dos aplicativos” em protesto contra uso de plataformas digitais
Foto: Hill Street Studios/Getty Images

Professores de todo o Estado de São Paulo fazem, entre os dias 13 e 19 de maio, a ‘greve dos aplicativos’ em protesto ao uso de plataformas de inteligência artificial no ensino público estadual.

O movimento foi aprovado em assembleias realizadas pelo Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), que emitiu um comunicado afirmando que a greve também tem um caráter pedagógico, citando estudos internacionais, inclusive da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que indicam que o uso excessivo de meios digitais na educação pode prejudicar a aprendizagem dos estudantes.

A mobilização proposta inclui uma grande assembleia no dia 24 de maio, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), com uma caminhada até a Secretaria de Educação (Seduc). A greve dos aplicativos consiste em não utilizar as plataformas digitais impostas pela Seduc, inclusive nas atividades pedagógicas. 

A Apeoesp enfatizou que, de acordo com a Constituição Federal, os servidores públicos têm o direito de se organizar em sindicatos e de fazer greve. A decisão de iniciar a "Greve dos Aplicativos" foi tomada em uma Assembleia Geral no dia 26 de abril, e teve início no dia 13 de maio.

Em entrevista à Central Única dos Trabalhadores (CUT), o primeiro presidente da Apeoesp, Fabio Santos de Moraes, afirmou que tanto os professores quanto os alunos consideram insatisfatório o método educacional imposto pelo governo estadual. De acordo com ele, esse método não apenas falha em promover qualidade no ensino, mas também tende a mecanizar a educação, prejudicando a relação essencial entre aluno e professor.

“As plataformas simplesmente padronizam o ensino para milhões de alunos no estado, que tem diferentes realidades. Não podemos aceitar que alguém, em algum lugar, decida o que todos devem aprender, sem respeitar especificidades”, diz ele.

O dirigente também destacou a importância do uso da tecnologia, mas salientou que esta deve ser empregada de forma a complementar o trabalho do professor, não simplesmente substituí-lo. 

“As plataformas são autoritárias sob todos os pontos de vista. Elas padronizam conteúdo, obrigando o professor a seguir aquele método naquele momento. O professor faz a chamada e já entra o conteúdo da aula na plataforma. Ele não decide como será o dia de acordo com as especificidades, de acordo com o momento. Não pode usar textos complementares, livros, apostilas, nada. Os aplicativos e as plataformas digitais estão transformando o ensino numa atividade fria, formatada e distante, resultando em um péssimo aprendizado”, afirmou.

Em nota, a Seduc afirmou ao Terra que as plataformas digitais são recursos tecnológicos agregadores na produção pedagógica desenvolvida em sala de aula, fazendo parte do conteúdo ministrado pelos docentes, e continuam sendo utilizadas normalmente.

"Todos os recursos oferecidos pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo têm o objetivo de aprimorar as habilidades dos estudantes e promover o avanço dos índices educacionais de São Paulo", acrescentou a pasta.

Fonte: Redação Terra
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