Projeto de educação sexual é lançado em São Bernardo
Programa Quebra Tabu visa alertar alunos sobre prevenção de DST/Aids e gravidez na adolescência
A partir de agosto, alunos de 70 escolas públicas de São Bernardo do Campo (SP) começarão a ter aulas de educação sexual por meio de oficinas. A iniciativa faz parte do programa Quebra Tabu, que visa conscientizar os alunos sobre seus próprios corpos e alertá-los sobre prevenção de DST/Aids e gravidez na adolescência.
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Desenvolvido pelo Instituto Kaplan, organização não-governamental (ONG) focada na educação sexual de crianças e adolescentes, 34 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da região metropolitana de São Paulo também estarão envolvidas no programa, que será oferecido aos alunos do ensino fundamental II (do sexto ao nono ano). “Esta será a primeira vez que profissionais de saúde e de educação serão capacitados simultaneamente. Os multiplicadores das UBS servirão como profissional de referência para as escolas, contribuindo com os professores durante a implantação das oficinas, divulgando os serviços das UBS nas escolas e acolhendo, diretamente nos postos, os alunos que forem em busca de atendimento”, explica Maria Helena Vilela, diretora executiva do Instituto Kaplan.
Os professores terão que passar por uma etapa de capacitação para aplicar a metodologia em suas escolas. A previsão é que cerca de 42,5 mil alunos, do sexto ao nono ano, sejam beneficiados com o projeto Quebra Tabu já no primeiro semestre de 2016. “O enfrentamento de algumas das questões de saúde que envolvem diretamente os jovens, como a gravidez na adolescência e as doenças sexualmente transmissíveis, dependem fundamentalmente da educação sexual. Nesse sentido, esse projeto pode dar uma grande contribuição para conscientizar os adolescentes sobre a adoção de hábitos saudáveis, incluindo o uso de preservativos nas relações sexuais”, diz a secretária de Saúde de São Bernardo do Campo, Odete Gialdi.
Conteúdo adequado para cada ano
O programa Quebra Tabu conta com a realização de, no mínimo, três oficinas em cada ano letivo, que terão dinâmicas de grupo e jogos preparados de acordo com o ano em que serão aplicados.
Para os estudantes do sexto ano, o foco das oficinas é a puberdade; no sétimo, o tema central é o corpo reprodutivo e as oficinas são divididas em reprodução humana, menstruação e espermatogênese; responsabilidade e prevenção.
Já no oitavo ano, é discutido o corpo sexual, com oficinas sobre a tomada de decisão, mitos e verdades da primeira vez, e métodos contraceptivos. Por fim, no nono ano, a temática gira em torno das doenças sexualmente transmissíveis, com interações sobre o corpo e as DST/AIDS, a negociação do uso da camisinha e a cadeia de transmissão das doenças.