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Quantas crianças estão na creche no Brasil?

País volta a aumentar o número de matrículas, mas ainda tem minoria na faixa de zero a três anos na educação infantil

4 dez 2024 - 07h00
(atualizado às 10h15)
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O número de crianças de 0 a 5 anos que frequentam creche ou escola voltou a crescer no Brasil entre 2022 e 2023, segundo dados da Síntese dos Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira, 4.

No grupo de crianças de 0 a 3 anos, a porcentagem de matriculados passou de 36% para 38,7%; e os de 4 a 5 anos de idade, de 91% para 92,9%. Embora a porcentagem de crianças de 0 a 3 anos fora da creche seja ainda muito alta, o trabalho mostra que 60,7% delas não frequentavam "por opção dos pais ou responsáveis".

Crianças brincam em Escola Municipal de Educação Infantil Heitor Villa Lobos em São Paulo
Crianças brincam em Escola Municipal de Educação Infantil Heitor Villa Lobos em São Paulo
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

"Esses resultados indicam que o retrocesso causado pela pandemia do novo coronavírus na garantia de acesso à escola foi revertido em 2023, mais de três anos depois dos primeiros casos de covid-19 no Brasil", destacou o relatório.

O País, no entanto, ainda está longe de atingir a Meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece como objetivo a ser alcançado até 2024 a universalização da educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos e o atendimento de, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos.

Em relação ao acesso à escola na etapa adequada à idade das crianças, o Brasil ainda não retornou aos patamares anteriores à pandemia para o grupo das crianças de 6 a 14 anos de idade no ensino fundamental. Esse índice era de 97,1% em 2019, caiu para 95,2% em 2022 e para 94,6% no ano passado.

Os dados do IBGE mostram que, em 2023, 9,1 milhões de jovens de 15 a 29 anos de idade tinham abandonado a escola sem concluir a educação básica (infantil, fundamental e médio). Desse total, 515 mil tinham de 15 a 17 anos; 4,5 milhões de 18 a 24 anos; e 4,1 milhões de 25 a 29 anos.

A necessidade de trabalhar foi o principal motivo alegado pelos homens de 15 a 28 anos de idade para abandonar os estudos. No caso das mulheres na mesma faixa etária, as razões são bem distintas: juntos, gravidez (23,1%) e a dedicação a afazeres domésticos (9,5%), superaram a necessidade de trabalhar (25,5%) como a principal razão para o abandono escolar.

A porcentagem de pessoas com 25 a 64 anos que não concluiu a escolaridade básica obrigatória, o ensino médio, é de 40,1% no Brasil - mais que o dobro da média de outros países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 19,8%.

Estadão
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